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DEFESA AGROPECUÁRIA
Medidas de prevenção contra a gripe aviária são intensificadas no Paraná
Após a publicação da Portaria nº 587, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na última segunda-feira (22/05), declarando estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional devido função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) - H5N1 - em aves silvestres no Brasil, as medidas de prevenção para mitigar os riscos de contágio da doença foram intensificadas nos estados.
No Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vem reforçando aos produtores de aves paranaenses a importância de reforçar as ações necessárias para evitar que a gripe aviária chegue às granjas comerciais do estado, ressaltando o papel e responsabilidade do produtor de proteger a sua propriedade, mantendo as medidas de segurança para evitar a contaminação e, em caso de suspeitas da doença, notificar urgentemente a Adapar, que, no Paraná, é o órgão que pode colher o material e fazer o diagnóstico.
Até o momento, nenhum caso da influenza aviária foi confirmado no estado do Paraná. O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, esclareceu que não há motivos de preocupação quanto ao consumo de carne de frango e ovos por parte dos consumidores. “Não há registro da doença em aves de subsistência ou comerciais no Brasil, mas, mesmo que isso ocorra, não há risco de contaminação em humanos pelo consumo da carne de frango”, afirmou Dias. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
Dias também ressaltou que a detecção dos casos nos dois estados do sudeste em aves silvestres não altera o status brasileiro de livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Dessa forma, o Brasil pode continuar a produzir e exportar como faz até agora.
O Paraná é o maior produtor de proteínas animais do Brasil, com cerca de 6,2 milhões de toneladas de aves, suínos e bovinos ao ano, dos quais os frangos representam 4,8 milhões de toneladas. O Estado é responsável por quase 37% da produção brasileira de aves e por aproximadamente 40% das exportações.
O Superintendente da Agricultura e Pecuária no Paraná (SFA/PR-Mapa), Cleverson Freitas, falou que o Ministério da Agricultura está em constante atenção com os produtores para evitar focos da doença, principalmente em granjas industriais, o que poderia causar danos comerciais ao país.
Cleverson também enfatizou a importância da Portaria nº 587, decretada pelo Mapa, que declarou estado de emergência zoosanitária no País. “Com a declaração, é possível agilizar a mobilização de recursos financeiros e humanos entre as instituições envolvidas, facilitando também a logística e a disponibilização de materiais tecnológicos para executar as ações necessárias e evitar uma possível propagação da doença”.
Notificação
O Mapa e a Adapar alertam a população que, em caso de suspeita da doença, as aves doentes ou mortas não devem ser recolhidas. Deve-se comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial mais próximo ou pela internet na plataforma e-Sisbravet.
Com informações da Agência de Notícias do Estado do Paraná