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Mapa promove videoconferência sobre a concessão dos selos de identificação artesanal no Espírito Santo
Mapa promove videoconferência sobre a concessão dos selos de identificação artesanal no Espírito Santo
Os produtos artesanais propiciam a perpetuação das tradições alimentares regionais e culturais, gerando renda e desenvolvimento para as comunidades locais tradicionais. O estado do Espírito Santo conta, atualmente, com 169 produtos com selo de identificação artesanal (Selo Arte e Selo Queijo Artesanal), de 21 agroindústrias de pequeno porte.
Para apresentar as ações desenvolvidas no estado capixaba na concessão desses selos e sua interação com os Serviços de Inspeção Municipal (SIM), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da parceria entre a Superintendência Federal de Agricultura no Espírito Santo (SFA-ES), a Coordenação de Agregação de Valor (CGCOAV/DECAP/SDI) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF-ES), realizaram nesta segunda-feira (05/08) uma conferência on-line.
A reunião contou com a participação de servidores das Divisões de Desenvolvimento Rural (DDR/SFA/Mapa) de todo o país, de servidores e secretários de Agricultura Estaduais e Municipais de estados interessados; além de representantes de agroindústrias de pequeno porte capixabas e de outros estados.
Na ocasião, o superintendente Federal de Agricultura no ES, Guilherme de Souza, afirmou que a implementação do programa no Espírito Santo virou referência para o país. “Vale ressaltar a parceria entre as equipes do Mapa, em Brasília, da DDR-ES e do Idaf-ES para o sucesso do programa no estado. Nosso objetivo com a reunião é compartilhar conhecimento e informação para contribuir com a ampliação da concessão do Selo Arte em nível nacional”, disse.
O coordenador-geral de Cooperativismo, Associativismo Rural e Agregação de Valor (CGCOAV/Mapa), Nelson Andrade, destacou que o Mapa tem recebido muitas manifestações de interesse em relação ao Selo Arte. “Esse programa é importante porque beneficia o pequeno produtor, as pequenas agroindústrias. A parceria do estado em todas as esferas contribui para fomentar o desenvolvimento sustentável da agropecuária”, disse.
Segundo o chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural (DDR) da SFA-ES, Flávio Marquini, a ideia da videoconferência surgiu após vários servidores do Mapa e de algumas secretarias estaduais e municipais de Agricultura de diferentes unidades da federação demandarem informações sobre o processo implementado no Espírito Santo para a concessão dos Selos Arte e, principalmente, quanto ao relacionamento com os Serviços de Inspeção Municipais e as agroindústrias de pequeno porte. “Nossa intenção com a conferência foi mostrar o trabalho muito bem feito no Espírito Santo pela equipe do Idaf, que é responsável no estado pela concessão dos selos de identificação artesanal. Mas, é claro, que cada estado tem suas particularidades e as dicas podem ser adequadas à cada realidade”, relatou Flávio.
Durante a conferência, a subgerente de Desenvolvimento Agroindustrial (Idaf-ES), Carolina Dadalto Borgo, e a subgerente de registro e fiscalização (Idaf-ES), Jacqueline de Carvalho Campos, falaram sobre os avanços na regularização de agroindústrias de pequeno porte no ES. “Adotamos estratégias como a criação de um setor específico para tratar das agroindústrias de pequeno porte; criação de um arcabouço legal específico; realização de capacitações contínuas dos Serviços de Inspeção Municipal (SIMs), focando na adesão ao Susaf/ES e produtores; além de conscientização dos consumidores”, explicou Carolina. Segundo ainda a subgerente, com esse trabalho, em parceria com os municípios, já foram regularizadas 90 agroindústrias de pequeno porte, que juntas somam mais de 650 produtos comercializados”, afirmou.
Já o coordenador do Selo Arte no ES (Idaf-ES), Fabiano Fiuza, fez uma palestra sobre a concessão do Selo Arte como valorização de produtos artesanais no ES. “Os selos de identificação artesanal têm grande importância para o produtor no quesito de agregação de valor, possibilitando o acesso a mercados diferenciados e mais exigentes, bem como ampliam o mercado consumidor potencial, na medida que possibilitam a comercialização dos produtos em todo o território nacional. Para os consumidores, o selo é importante porque possibilita o acesso a produtos diferenciados e genuínos, oriundos de várias regiões brasileiras”, explicou Fabiano.
A videoconferência contou ainda com os depoimentos do técnico em Agropecuária, Vanderlei Marquez, representante do SIM de Santa Maria de Jetibá, e da médica veterinária Gabriela de Almeida, do SIM da Serra.
SELOS DE IDENTIFICAÇÃO ARTESANAL
Os selos Arte e Queijo Artesanal são certificados que asseguram que os produtos alimentícios de origem animal foram elaborados de forma artesanal, com receita e processo que apresentem características tradicionais, regionais, culturais, vinculação ou valorização territorial.
Por intermédio da certificação, assegura-se que os produtos possuem propriedades organolépticas únicas, diferenciadas, sejam produzidos de maneira artesanal própria de determinada região, tradição ou cultura e que adotam procedimentos de Boa Práticas Agropecuárias e de Boas Práticas de Fabricação.
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