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CAPACITAÇÃO
Auditores avaliam eficácia de teste rápido para detecção de toxina em café torrado e moído em até 15 minutos
Entre os dias 12 e 14 de agosto, os auditores fiscais do Serviço de Fiscalização, Inspeção e Sanidade Vegetal (SIFISV/DDA/SFA-ES) Marcelo Sobreira de Souza e Cristiane Britto, acompanhados da coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal (CFQV/DIPOV/Mapa), Ludmilla Verona Gonçalves, participaram de uma coleta de amostras de pó de café torrado e moído e uva passas.
O objetivo foi conhecer e avaliar a eficácia do teste rápido para detecção de ocratoxina A, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), que também estavam presentes na ação.
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina que pode contaminar o café verde e o café torrado e moído. Esta toxina é produzida por algumas espécies de fungos, como o Aspergillus ochraceus e o Penicillium verrucosum, e é frequentemente encontrada em alimentos e ração animal. A OTA é considerada um provável carcinógeno humano e também tem características hepatotóxicas, teratogênicas e imunossupressoras.
No total, foram coletadas 15 amostras de pó de café torrado e moído e uma amostra de uva passas em um supermercado de Vitória. O teste rápido, que dura cerca de 10 a 15 minutos, foi aplicado em todas as amostras coletadas no próprio estabelecimento da coleta.
Segundo o chefe do SIFISV-ES, Marcelo Sobreira de Souza, das amostras coletadas três deram acima do limite máximo tolerável (LMT), estabelecido pela Anvisa para ocratoxina, que é de 10 µg/kg (ppb), e 12 amostras tinham ocratoxina abaixo de 10 µg/kg (ppb). “Essas amostras coletadas foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) para análise de ocratoxina para avaliar a correlação com os resultados apresentados no teste rápido”, explica o auditor.
De acordo ainda com Marcelo, a ideia é que, com a utilização do teste rápido, no momento da coleta das amostras, caso alguma dê resultado positivo para ocratoxina, o auditor fiscal poderá suspender cautelarmente a comercialização do lote coletado e, após a confirmação do resultado do teste pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, a empresa será autuada e o produto contaminado destruído.
“Com a implementação do teste rápido iremos identificar a contaminação no momento da coleta, suspender a comercialização cautelarmente e evitar que a população consuma produtos contaminados”, ressalta a coordenadora de Fiscalização da Qualidade Vegetal.
Ludmilla acrescenta que, além dos testes rápidos de ocratoxinas, a CFQV (Coordenação de Fiscalização da Qualidade Vegetal) junto com o DIPOV (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal) está estudando também implementar nas coletas de amostras da Qualidade Vegetal testes rápidos para detecção de resíduos de agrotóxicos.
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