Novos mercados
De janeiro a novembro de 2021, mais 69 mercados foram abertos e passaram a comprar produtos do agro brasileiro. Entre eles, farinhas (Argentina, Tailândia, México África do Sul e Índia); algodão (Colômbia); berinjela, pepino, melancia, tomate, pimenta, pimentão, milho e abóbora (Egito) e petfood (Argentina e México). Desde 2019, já foram mais de 150 novos mercados, o que significa o reconhecimento da qualidade da nossa agropecuária no mercado mundial. Além disso, 850 estabelecimentos brasileiros (SIFs) foram habilitados, em 2021, para exportação de produtos agropecuários.
Adidos agrícolas
Em 2021, mais 12 adidos agrícolas assumiram a função. Agora, o Brasil conta com 28 adidos agrícolas junto às representações diplomáticas no exterior. A cidade de Berlim, na Alemanha, terá pela primeira vez um adido agrícola brasileiro. Os adidos têm o papel de identificar oportunidades, desafios e possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, têm interlocução com representantes dos setores público e privado, assim como interagem com relevantes formadores de opinião, na sociedade civil, imprensa e academia.
Exportações
As exportações do agronegócio brasileiro somaram valor recorde em 2021: US$ 120,59 bilhões (+19,7%). O crescimento das vendas externas ocorreu em função do aumento do índice de preços dos produtos (+21,2%). Os cinco principais setores em valor exportado foram: complexo soja (US$ 48,01 bilhões); carnes (US$ 19,86 bilhões); produtos florestais (US$ 13,94 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$ 10,26 bilhões); e café (US$ 6,37 bilhões). Em conjunto, os cinco setores foram responsáveis por 81,6% de todas as exportações do agro no ano.
COP26
Na Conferência do Clima – COP26, realizada em Glasgow, o Brasil mostrou que a sustentabilidade e a redução da emissão de gases já são uma realidade da nossa agropecuária. Um dos principais destaques é o ABC+, plano que tem o objetivo de disseminar as tecnologias de baixa emissão de carbono em mais 72 milhões de hectares de terras agricultáveis. A atuação do Mapa e da Embrapa na conferência também foi fundamental para a manutenção das atividades do Grupo de Trabalho Conjunto em Agricultura Koronivia no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O grupo tem por objetivo promover os modelos de agricultura sustentável a serem disseminados pelo mundo para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no setor.
Ministros da Agricultura do G20
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, participou, em setembro, da reunião com ministros da Agricultura do G20, em Florença (Itália). No encontro, defendeu que as principais economias do mundo devem cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris e apoiar os países que não têm condições para fazer a transição para uma produção sustentável. Em comunicado oficial, os ministros enfatizaram os compromissos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris, e garantiram que vão continuar trabalhando para promover sistemas alimentares sustentáveis e resilientes que criem benefícios para as pessoas e o planeta.
Cúpula dos Sistemas Alimentares
Na Cúpula dos Sistemas Alimentares, da Organização das Nações Unidas (ONU), os países das Américas, liderados pelo Brasil, defenderam o reconhecimento da diversidade dos sistemas produtivos e a necessidade de se evitar visões prescritivas de sustentabilidade, além da importância de que a ciência e a inovação sejam as bases para as políticas públicas e para as regras e padrões sanitários. A posição integrada foi definida, em julho, durante a pré-cúpula, em Roma, por meio do documento Principais mensagens no caminho para a Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares na perspectiva da agricultura das Américas.
JIA
Em setembro, os ministros de Agricultura das Américas se comprometeram a combater a Peste Suína Africana com iniciativas nacionais e hemisféricas e de forma coordenada. O compromisso foi firmado na Conferência de Ministros de Agricultura das Américas 2021/Junta Interamericana de Agricultura (JIA), realizada, em San José, na Costa Rica, e que foi presidida pela ministra Tereza Cristina, eleita para comandar a JIA pelos próximos dois anos. A doença foi detectada na República Dominicana e suscitou preocupações em toda a região devido ao seu potencial efeito sobre a produção suína.