Prevenção, Controle e Erradicação do Cancro Cítrico
O cancro cítrico , é uma praga quarentenária que afeta todas as espécies e variedades de citros de importância comercial, sendo uma das doenças mais graves da citricultura. Sua disseminação pode ocorrer através de materiais de propagação contaminados, roupas, material de colheita, veículos, vento, insetos e outros animais.
O cancro cítrico ocasiona lesões locais em folhas, frutos e ramos, penetrando por meio de aberturas naturais dos tecidos (estômatos) ou por ferimentos provocados pelo vento, operações no pomar ou pela larva minadora (Phyllocnistis citrella). Este inseto contribui para o aumento do número de plantas infectadas no campo devido às galerias formadas nas folhas, as quais atuam como porta de entrada para a bactéria.
A infecção se dá quando esses órgãos são ainda bem novos, mas a manifestação dos primeiros sintomas pode demorar desde poucos dias a uma ou duas semanas após a infecção, dependendo das condições climáticas e da susceptibilidade da cultivar.
A Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018, institui em todo o território nacional os critérios e procedimentos para o estabelecimento e manutenção do status fitossanitário relativo ao Cancro Cítrico.
Esta praga foi constatada pela primeira vez no Brasil em 1957, no município de Presidente Prudente, Estado de São Paulo. A praga foi posteriormente verificada nos Estados do Paraná (1958), Mato Grosso (1959), Rio Grande do Sul (1980), Santa Catarina (1985) e em Minas Gerais (1998). Na América do Sul a bactéria causadora do cancro cítrico também ocorre na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Atualmente, no Brasil, a praga ocorre oficialmente nos estados do Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Piauí, Paraná, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.