Prevenção e Controle do Caruru Palmeri
O Caruru palmeri (Amaranthus palmeri) é considerado uma das plantas daninhas mais difíceis de serem controladas, devido às suas características biológicas e ao atual quadro de resistência a herbicidas de diferentes mecanismos de ação.
É uma planta daninha agressiva com a capacidade de se adaptar facilmente a diferentes ambientes. Evidências da sua adaptabilidade podem ser observadas claramente nos Estados Unidos e Argentina, onde é possível verificar o crescimento dessa invasora em ambientes com temperaturas médias abaixo das temperaturas preferidas pelas populações nativas.
Caracteriza-se por ser uma planta dióica, o que significa ter plantas masculinas e plantas femininas, ao contrário das principais espécies de caruru presentes no Brasil, favorecendo o cruzamento e a diversidade genética
A. palmeri possui elevada taxa fotossintética, eficiência no uso da água, rápido crescimento e alta produção de biomassa em curto espaço de tempo. Existem relatos de efeitos alelopáticos sobre outras espécies e informações que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes, dependendo das condições em que se desenvolve.
Foi identificado inicialmente no ano de 2015, no Estado do Mato Grosso. Hoje está presente nos municípios de Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Guaratinga, Ipiranga do Norte, Itiquira, Primavera do Leste, Sapezal e Tapurah e no estado do Mato Grosso do Sul, nos municípios de Aral Moreira e Naviraí.
A Portaria SDA/MAPA nº 1.119, de 20 de maio de 2024, institui o Programa Nacional de Prevencão e Controle da praga.
O MAPA, o INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso) e a IAGRO (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul), juntamente com a iniciativa privada, realizam um trabalho de controle dessa praga com o objetivo de diminuir sua infestação.