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Mapa e Embrapa mostram como usar as práticas conservacionistas em regiões com baixa disponibilidade de água
Produtores da Paraíba conhecem o Sistema Integração-Lavoura-Pecuária para o Semiárido
Técnicos falam sobre o ABC para produtores paraibanos (Divulgação/Embrapa/Mapa)
O cultivo do milho em consórcio com gramíneas forrageiras no Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP) tem potencial para se expandir no semiárido nordestino. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a ILP é uma opção viável para a recuperação de pastagens e de solos degradados e formação de palhada para o plantio direto no agreste. A ILP – uma das seis tecnologias recomendadas no Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) – na região foi apresentada a 230 produtores, técnicos, extensionistas e estudantes durante encontro no município de Lagoa Seca (PB).
"No consórcio do milho com espécies de braquiárias, a forrageira pode ter dupla finalidade: serve como alimento para a exploração pecuária, a partir do final da estação chuvosa, e, depois, para formação de palhada no sistema plantio direto", diz o pesquisador da Embrapa-Algodão, João Henrique Zonta. Ele participou do dia de campo sobre a ILP na Estação Experimental da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), em Lagoa Seca, no último dia 2.
Zonta lidera o projeto Manejo de Gramíneas Forrageiras em Sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária para as Condições do semiárido. O objetivo do projeto é avaliar espécies de gramíneas forrageiras e arranjos de semeadura para implantação desse sistema para as condições da região, visando maior adoção do ABC na região. O plano busca contribuir com a redução e a adaptação às mudanças do clima para o setor agropecuário.
O coordenador de manejo sustentável dos sistemas produtivos do Mapa, Elvison Nunes Ramos, também participou do encontro. Ele lembra que o sistema ILPF é válido para todo o Brasil, mas requer geração conhecimento para ser adaptado às diferentes regiões. “É preciso ampliar o conhecimento e as opções para o semiárido, porque o clima é bastante específico e determina as culturas que deverão ser adotadas e as possibilidades de rotação. É um trabalho de pesquisa local para conhecer o que se pode utilizar para essa região.”
O produtor Maurício Hardman foi ao encontro para obter informações porque quer instalar um experimento de milho e sorgo integrados com pastagem. “O suporte técnico da Embrapa vai ser fundamental para termos uma iniciativa de sucesso, por meio da qual possamos fazer, próximo ano, um trabalho em escala comercial e ainda estimular outros produtores na região a aderir à ILP.”
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