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Ministério esclareceu imediatamente países importadores sobre investigação
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) enviou a embaixadas e a governos de países que são destinos de carnes de aves brasileiras informações sobre operação realizada junto com a Polícia Federal relacionada a análises para detectar presença de Salmonella. Texto em português, inglês e espanhol esclareceu que fatos apurados na relação entre laboratórios e empresas exportadoras se referem a período anterior à adoção de regras mais rígidas de controle pelo Mapa.
Cinco laboratórios estão envolvidos em suspeitas de alteração de resultados de análise, três credenciados pelo ministério e dois de autocontrole das empresas. Esses cinco, de um universo de 496 credenciados pelo Mapa, não podem mais fazer análises até o fim das investigações, que podem resultar em descredenciamento definitivo.
São investigadas também quatro plantas industriais da BRF, sendo duas de frango, uma em Rio Verde (GO) outra em Carambei (PR), e uma de perus em Mineiros (GO), além de uma fábrica de rações em Chapecó (SC).
Foram suspensas as exportações pelos frigoríficos envolvidos para 12 destinos onde são exigidos requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp: África do Sul, Argélia, Coreia do Sul, Israel, Irã, Macedônia, Maurício, Tadjiquistão, Suíça, Ucrânia, Vietnã e União Europeia.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, disse que o fato de o ministério estar atuando junto à PF na apuração das fraudes, permitiu dar resposta imediata, esclarecendo o mercado consumidor e, inclusive, responder questionamento da União Europeia, na segunda-feira (5), quando foi divulgada a operação.
Rangel destacou também avanços nos controles de fiscalização e de qualidade nos estabelecimentos e a modernização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa), além do fim de ingerências políticas nas unidades regionais do ministério. “É um avanço que tem sido bem entendido no exterior”, acrescentou.
Serão criados também serviços sociais autônomos para melhorar ainda mais o desempenho das atividades de defesa agropecuária e com maior velocidade com a adoção de ferramentas eletrônicas, segundo o secretário.
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