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Defesa Agropecuária
Mapa realiza ações para prevenir a entrada de praga na fronteira do Brasil com a Venezuela
A entrada desta praga no país pode representar grandes perdas para os produtores de banana
Dando continuidade às ações de prevenção para evitar a entrada da praga Fusarium oxysporum f.sp. cubense raça 4 tropical (FOC R4T), que pode afetar a produção de bananas em áreas de fronteira na Amazônia, a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou uma ação de fiscalização em todo o estado de Roraima, inclusive na região de fronteira do Brasil com a Venezuela.
Foram inspecionadas propriedades em Rorainópolis, Caroebe, São João da Baliza, Caracarai, Iracema e Pacaraima, onde foram identificadas as áreas de produção de banana, bem como as principais variedades usadas e quais as pragas que as atacam. Não foi identificada nenhuma planta com FOC R4T.
“A região fronteiriça de Pacaraima/RR representa alto risco fitossanitário devido ao recente aumento da imigração, considerando que passam pela fronteira mais de mil pessoas por dia, muitos trazendo vegetais para sua alimentação”, ressalta a auditora fiscal federal agropecuária Juliana Ribeiro.
O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) atua 24 horas por dia na barreira fitossanitária existente na fronteira e inspeciona todos os veículos e bagagens, reduzindo o potencial risco da região, apreendendo os vegetais não certificados que são vias para o ingresso das pragas exóticas ao País.
A ação faz parte do Programa de Prevenção e Vigilância de Pragas Quarentenárias Ausentes, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, que estabelece as diretrizes das ações de prevenção por meio de educação fitossanitária, capacitação, ações fitossanitárias de prevenção e contingência.
Desde a confirmação da ocorrência da FOC R4T na Colômbia, o Mapa vem atuando para barrar a entrada da praga no Brasil. Em agosto, a SDA realizou ações na região da tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru. “Estamos realizando levantamentos em todo o País, mas o principal foco são as áreas de fronteira amazônica”, explica Juliana.
A raça 4 tropical desse fungo é uma variação mais agressiva do já conhecido “Mal do Panamá” ou “Fusariose da bananeira”, e não há ainda variedades resistentes ou manejo químico viável para seu controle. A entrada desta praga no País representaria grandes perdas para os produtores de banana, com alto impacto socioeconômico para o Brasil.
Participaram desta atividade auditores fiscais federais agropecuários e engenheiros agrônomos da Coordenação-Geral de Proteção de Plantas, da Superintendência Federal de Agricultura do Estado de Roraima (SFA/RR) e do Amazonas (SFA/AM), da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR), da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF), da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF). A ação contou ainda com a participação do pesquisador da Embrapa Roraima, Daniel Schurtz.
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