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Mal-do-Panamá
Governo fará campanha para evitar ingresso de fungo que ameaça plantações de banana
- Foto: Antônio Araujo/Mapa
Mal-do-Panamá é o nome popular de doença causada pelo fungo de solo Fusarium oxysporum fsp cubense (Foc), nova raça de fungos (raça 4 tropical), que está causando grandes perdas no sul da Ásia, Oriente Médio e Moçambique e é considerada a maior ameaça para a cultura da banana no mundo.
O Brasil é livre da raça 4 tropical que atinge as variedades prata, maçã, nanica e nanicão. No continente americano, a raça ainda não foi encontrada e a sua introdução poderia trazer sérios problemas para a produção de bananas, alimento básico e considerado chave para a segurança alimentar.
Diante da propagação dessa raça de fungo e o que representaria para a cultura de banana no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), juntamente com pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura estão desenvolvendo o Plano Nacional de Contingência, que prevê a adoção de medidas capazes de evitar a sua introdução no território nacional.
Segundo o diretor substituto do departamento, Marco Antônio Alencar, “como até o momento não existem variedades resistentes à praga, a melhor medida de controle é a exclusão, ou seja, evitar que o fungo seja introduzido no território”.
Com esse objetivo, será realizada ampla campanha de informação, direcionada aos produtores e ao público em geral, visando alertar viajantes que se dirigirem àqueles países com ocorrência da raça 4 tropical, que evitem trazer material vegetal e adotem medidas de mitigação de risco, como a realização da limpeza dos vestuários ou de qualquer outro material, a fim de evitar contaminação.
“É preciso impedir a introdução, no país, de mudas de bananeiras sem garantias fitossanitárias adequadas, porque mesmo mudas assintomáticas podem estar contaminadas pelo fungo. Caso a raça 4 tropical seja detectada no país, medidas de erradicação de plantas, interdição de propriedades, restrições ao comércio de vegetais, a partir das áreas com a ocorrência do fungo, deverão ser adotadas, objetivando evitar a disseminação para novas áreas”, explicou Alencar.
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