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Retrospectiva
Foram abertos mercados para 24 produtos do agro em mais 12 países
Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja – além de maior exportador de soja, carne bovina e de frango
Com base em dados de 2018, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, café e suco de laranja – além de ser o maior exportador de soja, carne bovina e carne de frango. Em que pese essa posição de liderança, apenas 30% da produção é vendida ao mercado externo, revelando a importância do consumo doméstico, para o qual são destinados 70% dos produtos do agro brasileiro.
A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento teve papel importante para novas conquistas de mercado e continua trabalhando para que esses números não parem de crescer. As exportações do agronegócio do Brasil deverão superar a marca dos US $ 100 bilhões neste ano, com crescimento de 4% ante o ano passado.
Adidos
Um fator importante para o crescimento das exportações do agro brasileiro foi o apoio dos adidos agrícolas do Mapa. São 14 adidos lotados nos seguintes postos: Argentina, África do Sul, Arábia Saudita, China, Coréia do Sul, EUA, Japão, México, Índia, Rússia, Tailândia, União Europeia, Vietnã e OMC.
A ampliação em andamento do quadro de adidos deve aumentar a capilaridade da atuação do ministério, garantindo a presença de profissionais especializados na linha de frente das relações com os principais parceiros comerciais. Mais seis novos adidos estarão ocupando postos, ainda neste ano, no Canadá, Colômbia, Egito, Indonésia, Marrocos e União Europeia, que passa a contar com dois profissionais.
Entre as ações desenvolvidas pela SRI, em 2018, se destaca a criação da marca O Melhor do Agro Brasileiro e a construção da Estratégia para Abertura, Ampliação e Promoção do Agronegócio no Comércio Internacional. O Melhor do Agro visa agregar valor à produção por meio da comunicação direta com os consumidores estrangeiros, que terão acesso a informações sobre a qualidade e sustentabilidade dos produtos.
Já a estratégia é um conjunto de objetivos, diretrizes e ações – construídas em parceria com outros órgãos públicos e com o setor privado – elaborados para incrementar as exportações.
As ações desenvolvidas no Mapa com a secretaria e em conjunto com outros órgãos e com o setor privado, visam a conquista de 10% do mercado mundial do agro e o incremento de US$ 30 bilhões na pauta de exportações.
Atualmente, a participação do Brasil no mercado mundial é de cerca de 7% de um total mundial de U$S 1,1 trilhão.
A tarefa de ganhar mais espaço inclui reduzir tarifas, ganhar e ampliar acessos. Neste ano, foi dada continuidade no processo de negociação de acordos de comércio preferencial envolvendo produtos agropecuários com dez países e blocos econômicos.
OMC
Com o objetivo de defender os interesses e direitos do agro nacional no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), recentemente, foram abertos contenciosos com a Indonésia sobre ao acesso da carne de frango brasileira àquele país e com a Tailândia referente a subsídios concedidos no país para o açúcar.
Mercados
O Mapa promoveu ações envolvendo questões sanitárias e fitossanitárias em negociação com 130 países. Participou da organização de 13 missões em 20 países, em 2018, para Alemanha, Bélgica, Suíça, Coreia do Sul, Singapura, Indonésia, Malásia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Canadá, Turquia, China, França, África do Sul, Botswana, Namíbia, Argentina, Egito, Portugal e Espanha.
Como fruto dessas negociações, foram abertos mercados para 24 produtos em 12 países. Os destaques do desempenho favorável nas negociações são a carne suína para a Coreia do Sul e Índia. Ainda na Coréia do Sul, foi aberto o mercado para mangas. Já na Índia, além da abertura para suínos vivos, foi aberto mercado para carne suína in natura, material genético bovino e ovos SPF (livres de patógenos).
Na África do Sul, foram concluídas negociações para exportação de mangas, ovos in natura e ovos processados. No caso da Arábia Saudita, foi aberto mercado para a exportação de bovinos vivos, produtos apícolas, sêmen bovino, embriões bovinos, ovos férteis (aves) e pintos de 1 dia. Já na China, foram concluídas negociações para pele de asininos. Na Rússia, foi reaberto o mercado para a exportação de carne bovina e suína. Já na Guatemala, o mercado está aberto para as compras de bovinos vivos.
Ainda no contexto sanitário e fitossanitário, foram concluídas negociações com o Irã para exportação de bovinos vivos. Reuniões com o Japão resultaram em renegociação do modelo de Certificado Sanitário Internacional a ser adotado para a exportação de carne termoprocessada. O Marrocos permitiu a entrada de material genético de perus. O México abriu mercado para o arroz sem casca brasileiro. E, finalmente, o Vietnã abriu mercado para a exportação de farinhas de origem animal.
No âmbito multilateral, a secretaria esteve presente para defender os interesses do agro nacional em reuniões com o Conselho Agropecuário do Sul (CAS), Mercosul, órgãos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Organização Mundial do Comércio (OMC), entre outros foros internacionais.
Ainda, participou da organização da presença do Brasil em oito eventos de atração de investimentos e em seis feiras internacionais (Singapura, Canadá, Coréia do Sul, Irã, Turquia e Espanha).
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