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Fávaro destaca que preservar e produzir não são opostos durante bilateral com Alemanha
Fávaro destaca que preservar e produzir não são opostos durante bilateral com Alemanha
Dando continuidade aos encontros bilaterais que estão ocorrendo durante o GT da Agricultura do G20 no Brasil, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com a vice-ministra do Ministério da Alimentação e Agricultura da Alemanha (BMEL), Ophelia Nick, nesta quarta-feira (11). O tema central da pauta foi o debate sobre os efeitos das mudanças climáticas na agropecuária.
O ministro Carlos Fávaro destacou que produzir e preservar não são ações opostas, apresentando o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). “O Brasil tem o poder de intensificar sua produção, mas não precisa fazê-lo sobre as florestas. Produzir e intensificar não são antagonistas. Por isso, lançamos o programa de recuperação de pastagens degradadas”, afirmou.
Estudos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo Banco do Brasil mostram que o Brasil possui cerca de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade e com alta aptidão para a agricultura.
Fávaro destacou que o objetivo do encontro do GT da Agricultura do G20 é apresentar o potencial brasileiro de produzir de forma sustentável e reforçar que as mudanças climáticas precisam estar na pauta internacional.
A vice-ministra Ophelia Nick ressaltou que incentivos para a produção sustentável são fundamentais, especialmente diante das mudanças climáticas, e são essenciais para a segurança alimentar mundial.
Foi destacado o trabalho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no combate à fome. Segundo o Relatório das Nações Unidas, edição 2024, sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial, houve uma queda de 85% na insegurança alimentar severa no Brasil.
Na ocasião, foram apresentadas iniciativas relacionadas ao uso de bioinsumos na produção agrícola, área em que o país é um dos principais utilizadores. Por meio do Programa Nacional de Bioinsumos, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atua no fomento, controle e registro desses insumos no Brasil. Os produtores rurais brasileiros têm adotado práticas de biocontrole, como o uso de biofertilizantes.
“Estamos trabalhando junto com o Congresso Nacional para o avanço dos bioinsumos no Brasil. Sabemos do potencial da agricultura brasileira e esses insumos são fundamentais para isso”, disse Fávaro.
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