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Exportação de frutas tem destaque em missão à Espanha
Novacki defende que país melhore a posição no mercado mundial de frutas
Em missão oficial à Espanha, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, viajou com objetivo de aumentar o comércio bilateral e atrair investimentos para setores-chaves do agronegócio brasileiro. O setor de fruticultura é um dos prioritários, tendo em vista o potencial exportador, já que o Brasil é o terceiro maior produtor mundial nesse segmento, depois da China e da Índia, mas exporta apenas 2,5% do que produz.
“Precisamos melhorar nossa posição no mercado de frutas. O mercado internacional é imenso e estamos aqui para dizer ao mundo que as frutas brasileiras são de altíssima qualidade e precisam ser mais conhecidas”, afirmou Novacki, em Madri. Aumentar a participação do segmento na balança do agronegócio, segundo ele, ajudará a atingir a meta do ministério de elevar a participação brasileira no agro mundial de 7% para 10%, em cinco anos.
O país ocupa a 15ª posição no ranking de exportação de frutas. A expectativa é que o Brasil dobre a produção em cinco anos e aumente em, pelo menos 50%, o volume de exportações em três anos.
Dados contidos no Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura, que está sendo elaborado pelo Mapa em parceria com o setor privado, revelam o destaque de países vizinhos, como o Chile e o Peru no comércio internacional de frutas, alcançando resultados muito positivos. Participam do plano a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e a Associação Brasileira da Fruticultura.
O Brasil exportou US$ 836 milhões, em 2016, enquanto o Peru chegou a US$ 2,4 bilhões e, o Chile, a US$ 4 bilhões, tendo ambos áreas de cultivo menores. A dimensão do Chile equivale ao do estado brasileiro da Bahia. O Peru tem território de 1,285 milhão de km², bem menor que o do Brasil (8,5 milhões de km²), mas exporta quatro vezes mais frutas e deu esse salto em seis anos, quando o volume exportado ainda equivalia a US$ 600 milhões.
Feira
Novacki participou nesta terça-feira (18) da abertura da feira Fruit Attraction 2017, uma das principais portas de entrada do mercado europeu de frutas e vegetais. O Brasil participa como convidado oficial da organização do evento.
“O Brasil sabe o papel que desempenha em relação à segurança alimentar, produzindo alimentos saudáveis para o consumo doméstico e para o mundo. E sabe também o papel que desempenha na preservação do planeta”, disse Novacki, lembrando que 65% do território nacional ainda é coberto por vegetação nativa. “É um patrimônio inestimável, que desejamos que seja reconhecido por nossos parceiros comerciais e que deve ser colocado na mesa de negociações”, defendeu.
Novacki tem se reunido com os principais importadores e distribuidores de frutas brasileiras na Europa e participa do Encontro Empresarial Espanha-Brasil, no Global Fresh Market Forum da feira Fruit Attraction.
“O ministro Blairo Maggi já determinou estudos junto com equipes para que até o fim do ano possamos lançar esse plano. E tenho absoluta certeza que ele fará a diferença para o Brasil”, afirmou o secretário. O setor de fruticultura, segundo destacou, tem grande apelo social, gerando muitos empregos. “Para se ter ideia, cada hectare gera em média dois empregos diretos. Queremos também gerar renda e levar qualidade de vida à toda a população”.
A agenda do secretário-executivo na Espanha inclui reuniões bilaterais com o secretário geral de Agricultura e Alimentação, Carlos Cabanas Godino, e com a ministra da Agricultura, Pesca, Alimentação e Meio Ambiente, Isabel García Tejerina, além de encontrar-se com o presidente do Porto de Las Palmas, Luis Ibarra Betancort
Consumo interno
No Dia Mundial da Alimentação, comemorado na segunda-feira (16), a importância do consumo de frutas e também de hortaliças foi destacado pelo programa Hortifruti Saber & Saúde. Pesquisa inédita do instituto Datafolha revelou que apenas quatro em cada dez pessoas no país comem esses alimentos diariamente. Considerando recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que indica ingestão mínima de 400 gramas (ou cinco porções) por dia, a pesquisa demonstra que 40% da população somente seguiria a orientação.
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