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Ela acompanhará a redução das emissões de gases de efeito estufa na agropecuária
Embrapa lança plataforma de monitoramento do Plano ABC
Lopes (ao microfone) fala sobre a importância da plataforma (Marcos Vicente/Embrapa)
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lançou a Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa. Situada nas instalações da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), a plataforma vai monitorar a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária brasileira e a dinâmica de estoque de carbono no solo, a partir da implantação de tecnologias referendadas.
O lançamento da Plataforma ABC está ligado ao compromisso do Brasil de apoiar a agricultura de baixo carbono. Além disso, mostra o potencial da agricultura para ajudar na mitigação dos gases de efeito estufa. Boa parte desses gases não está diretamente relacionada à produção agropecuária, mas são capazes de impactar todo o planeta.
O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, participou do lançamento da Plataforma ABC, na última segunda-feira (21). Segundo ele, a plataforma tem um grande papel a desempenhar em relação ao Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono), porque atuará na validação de questões ligadas à sua concepção.
"As tecnologias aplicadas na agricultura de baixo carbono envolvem diretamente o conhecimento técnico-científico da Embrapa, pois são, em grande medida, desenvolvidas e testadas pela empresa e depois transformadas em política pública”, destacou o presidente.
De acordo com Lopes, a efetivação do Plano ABC traz uma necessidade crítica no país, uma vez que demanda a geração de grande volume de informação organizada, cientificamente embasada, para mostrar ao mundo que o modelo de agricultura de baixo carbono que o Brasil escolheu é efetivo. Gera resultados expressivos à medida que leva ao acúmulo de carbono no solo e diminui as emissões de carbono e gás de efeito estufa.
Sistemas de produção
As tecnologias de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), sistema plantio direto (SPD), recuperação de áreas de pastagens degradadas, tratamento de dejetos animais, florestas plantadas e fixação biológica de nitrogênio (FBN) são capazes de responder como sistemas de produção com viés assertivo de produção agrícola sustentável, causando muito menos impactos no ambiente.
Para o diretor executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Martin Neto, essas tecnologias, uma vez implantadas pelos produtores, de forma voluntária, por meio de políticas públicas de incentivo, reforçam a atenção quanto ao monitoramento.
O pesquisador e responsável técnico pela Plataforma de Monitoramento ABC, Celso Manzatto, ressaltou o compromisso assumido pela unidade da Embrapa Meio Ambiente em fornecer suporte administrativo para o adequado funcionamento dessa tecnologia, bem como o apoio logístico para apoiar as realizações de análises físicas e químicas, de geoprocessamento e outras medidas.
Também estiveram na solenidade, autoridades regionais, como o prefeito em exercício de Campinas, Henrique Magalhães Teixeira, o vice-presidente da Câmara de vereadores de Jaguariúna, Ângelo Roberto Torres, além de representantes de instituições parceiras da Embrapa e do Plano ABC.
Cenário ideal
A agenda da agricultura de baixo carbono visa, à medida dos avanços de implantação das técnicas produtivas preconizadas no Plano ABC, reverter o senso comum de que a agricultura é fonte geradora somente de impactos negativos ao meio ambiente.
A plataforma, por possuir um caráter multi-institucional, envolve um conjunto muito amplo de parceiros, como Mapa, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Rede Clima, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, universidades e outros.
“Esse é o cenário ideal para criarmos as condições onde todos possam trabalhar uma estratégia conjunta que, por meio de um monitoramento eficiente do Plano ABC, possamos alcançar o aprimoramento das tecnologias e procedimentos propostos, combinando o uso inteligente da nossa base de recursos naturais com uma produção certificada, que possa alcançar o mundo e acessar os mercados mais exigentes no futuro," reforçou Maurício Lopes. (Com informações da Embrapa)
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