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Decisões sobre uso de antimicrobianos só com base científica, diz Maggi
O ministro advertiu que não cabem, na discussão sobre o uso de de antibióticos, paixões, ideologia e interesses comerciais
Durante a abertura do Seminário sobre Resistência Antimicrobiana, realizado com a União Europeia, na manhã desta quarta-feira (29), em Brasília, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que o governo brasileiro somente adotará decisões nessa área baseadas em estudos científicos. Segundo ele, está sendo elaborando um plano nacional de combate à resistência antibacteriana no país, comandado pelos ministérios da Agricultura e da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A resistência aos antibióticos vem sendo discutida mundialmente.
Maggi disse que o Brasil não aceitará, do mesmo modo, barreiras sanitárias aos produtos agropecuários, especialmente os de origem animal, que não sejam baseadas em resultados de pesquisas científicas. “As decisões terão que ser tomadas com base na ciência, no conhecimento adquirido por meio da pesquisa e da inovação. Não se pode ter aqui no meio paixões, ideologia e interesses comerciais.” O ministro ressaltou ainda que o Brasil agirá no combate aos interesses comerciais, que muitas vezes usam argumentos não científicos para criar novas barreiras e impedir o comércio entre os países.
O comissário da União Europeia para Saúde e Segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, destacou que os países estão buscando alternativas ao uso de antibióticos nos alimentos para evitar o aumento da resistência antimicrobiana.
Além de Blairo Maggi, estiveram no seminário o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o presidente da Anvisa, Jarbas Silva. O encontro reúne representantes das áreas de saúde e agropecuária da Argentina, Colômbia, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. Trata-se de ação global, liderada pela União Europeia, a fim de conduzir o uso desses produtos em vários estágios da produção de alimentos. O seminário tem apoio das organizações Mundial de Saúde (OMS), Internacional de Saúde Animal (OIE) e a das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
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