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Olivicultura
Comissão apresenta proposta para padrões de produção mudas de oliveira
- Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa
O estabelecimento de padrões para produção de mudas de oliveiras e o registro de agrotóxicos para a olivicultura foram debatidos durante a segunda reunião ordinária da Comissão Permanente da Olivicultura Brasileira, em Brasília. Cerca de 30 técnicos e produtores dos estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e de São Paulo, onde se concentra a maior parte do plantio, participaram do encontro, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o coordenador da comissão, o auditor fiscal federal Luís Pacheco, uma proposta de normatização de padrões de produção de mudas de oliveira foi apresentada durante a reunião, nessa quarta-feira (2). Ela já foi validada pela Comissão Estadual de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul e agora será analisada pelo Mapa.
Uma relação de produtos para controle fitossanitário dos plantios de oliveiras também foi encaminhada ao Ministério da Agricultura. “Esse tema ainda será discutido com os fabricantes de agroquímicos”, disse Pacheco. Outro assunto em debate na comissão é a proposta para elaboração de um cadastro nacional sobre a produção de oliveira.
Os participantes da reunião trataram ainda das normas de produção integrada para a cultura de oliveira; da importação e liberação de material genético de oliveiras; dos recursos genéticos e bancos de germoplasma de oliveiras; da vigilância fitossanitária; e da cultura da oliveira e zoneamento edafoclimático da oliveira.
A comissão é vinculada ao Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável (Depros), da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo (SMC) do Mapa e é responsável por promover o desenvolvimento da olivicultura nos aspectos sociais, tecnológicos, econômicos e ambientais.
Cultivo recente
O cultivo de oliveira é recente no Brasil. Segundo Pacheco, o país tem mais de 200 produtores, que plantam em uma área de cerca de 4 mil hectares. Neste ano, o setor produziu 97 mil litros de azeite, a partir de 950 toneladas de azeitonas. A projeção é que a produção chegue a 200 mil litros em 2018.
Embora seja uma atividade recente, a olivicultura brasileira já se destaca no cenário mundial “Alguns de nossos azeites de oliva foram premiados em concursos internacionais”, destaca Pacheco. O Brasil tem atualmente cerca de 40 marcas nacionais de azeite de oliva.
Além de renda, a cadeia produtiva tem potencial para geração de empregos. “No período de colheita, por exemplo, o setor precisa de trabalhadores de maneira intensiva. E o país ainda é carente de mão de obra qualificada para o serviço”, assinala Pacheco.
Por ser uma cultura permanente, o cultivo de oliveiras é apropriado a pequenas propriedades. Isso contribui para adoção de boas práticas agrícolas – normas, princípios e recomendações técnicas aplicadas na produção, processamento e transporte que visam proteger o meio ambiente e promover o bem-estar dos trabalhadores e consumidores.
A contribuição da cultura à sustentabilidade ambiental permitiu sua inclusão na linha de crédito de investimento do Plano Agrícola e Pecuária 2017/2018, por meio do Programa ABC (baixa emissão de carbono). O ABC conta com R$ 2,13 bilhões para financiar os produtores neste ciclo agrícola. O limite de crédito por beneficiário é R$ 2,2 milhões, com até 12 anos para pagamento.
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