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Bioestimulante nanotecnológico melhora desenvolvimento de hortaliças
Nanopartículas bioestimulantes obtidas por processo de modificação térmica do carbono, para uso em hortaliças e demais culturas, melhoraram o desempenho de pimentões, tomates e alfaces, estas últimas em sistema de hidroponia. O nanoproduto eleva a taxa de fotossíntese e otimiza o aproveitamento de água e o uso de nutrientes pela planta. Trata-se do resultado de um trabalho de pesquisa multidisciplinar envolvendo pesquisadores da Embrapa Hortaliças (DF) e alunos e professores da Universidade de Brasília (UnB).
Denominado Krill A32, o produto é constituído de nanopartículas carbonáceas, contendo grupos funcionais que podem atuar como carreadores de nutrientes para as plantas, e passou por testes agronômicos que comprovaram a sua eficiência nos três cultivos.
“Os resultados dos testes vieram rápido, em alguns meses, e agora temos um biofertilizante que além de proporcionar efeitos nutricionais e fisiológicos favoráveis é metabolizado pela planta, ou seja, não passível de acúmulo”, anota Juscimar da Silva, pesquisador da Embrapa da área de Solos e Nutrição de Plantas. Ele detalha pontos do trabalho que levaram à adaptação de uma tecnologia desenvolvida por um grupo de estudantes do curso de Química da UnB até chegar a um produto inovador para a cadeia de valor de hortaliças, bem como de outras culturas.
Segundo ele, o Krill A32 atua também como fertilizante ao ofertar macros e micronutrientes necessários para o crescimento dos vegetais, como nitrogênio, fósforo, potássio, ferro e zinco, por exemplo.
Pode promover a biofortificação
“Como se trata de uma nanopartícula contendo grupamentos funcionais (cargas elétricas de superfície) é possível incorporar elementos químicos de importância nutricional à sua matriz, e que serão carreados para dentro da planta, o que permite avançar em estudos de biofortificação de pulses, por exemplo, ou seja, enriquecer o produto com minerais para promover a nutrição da planta e que poderão ser aproveitados pelos consumidores”, explica Silva.
Ele aponta como vantagem o fato de o produto ser compatível com outros fertilizantes e agroquímicos, o que permite sua aplicação conjunta, evitando a reentrada de pulverizadores agrícolas na área, o que impactaria nos custos de produção. Outra vantagem, segundo o pesquisador, é a possibilidade de aplicação via solo, ou até mesmo na água, no caso de cultivos hidropônicos.
>> Veja aqui a reportagem completa no site da Embrapa
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