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Países membros da Cosalfa se unem para vacinar rebanhos da Venezuela
O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representante do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Guilherme Marques, informou que o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) está coordenando, por determinação dos países membros da Comissão Sul Americana da Luta Contra febre aftosa (Cosalfa), um plano de vacinação contra a doença no rebanho bovino e bubalino da Venezuela, durante dois anos, podendo ser prorrogados por mais dois anos. O comunicado do Panaftosa foi feito na semana passada.
A decisão da Cosalfa foi tomada pelos 13 países membros na 45ª reunião da comissão, que ocorreu em maio. Para tanto, buscará a criação de um fundo privado para empregar nas ações de defesa, como a contratação de vacinadores, aluguéis de carros para campanhas de vacinação, compra de pistolas para aplicação das vacinas e estruturação da cadeia de frio para a conservação das vacinas. Os países buscarão apoiar as ações com o envio de profissionais e doação de vacina contra a doença.
Segundo Guilherme Marques, que também preside o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP), os serviços sanitários sul americanos estão se reunindo com a iniciativa privada de seus países, para iniciar em novembro campanha de vacinação na Venezuela. “É um projeto que o Brasil tem interesse estratégico por causa da fronteira, e todo o investimento feito pelo Brasil na erradicação da aftosa e principalmente para obtermos maior segurança na região.”, explicou o diretor.
A previsão é que sejam doadas 39 milhões de doses de vacinas/ano à Venezuela, das quais 32 milhões serão aplicadas em duas campanhas (todo o rebanho), e 7 milhões para serem direcionadas em uma campanha intermediária, voltada apenas aos animais com idade de até 24 meses.
A Venezuela não produz vacinas contra a febre aftosa há vários anos. “No momento em que houver a vacinação, deverão ser recadastradas as propriedades e os rebanhos, com inspeção clínica dos animais e coleta de amostras, para erradicarmos a aftosa de todo o continente”, explicou Marques.
“Nós temos que interromper a circulação do vírus da aftosa na região (Colômbia e Venezuela). E, obviamente, dar condições ao setor privado e ao serviço veterinário oficial da Venezuela para realizarem trabalho de longo prazo na erradicação e prevenção da doença”, completou. O diretor esclarece que o Brasil historicamente tem 50 milhões de vacinas contra aftosa em seu estoque emergencial.
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Janete Lima
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