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Diamantina
Festival debate valorização das comunidades apanhadoras de flores sempre-vivas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), representado pela Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF/ Mapa), participou nos dias 14 e 15 de setembro, do II Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre-Vivas em Diamantina, Minas Gerais. O evento teve o objetivo de valorizar a identidade e modo de vida das comunidades Apanhadoras de Flores Sempre-Vivas, além de celebrar o reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ ONU) do primeiro Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) no Brasil.
Com a missão de amparar e proteger os sistemas de patrimônio agrícola mundial, a FAO/ ONU criou em 2002 um programa para a conservação e gestão adaptativa dos Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (GIAHS). O SIPAM representa práticas agrícolas que geram meios de subsistência em áreas rurais, combinando biodiversidade, ecossistemas resilientes, tradição e inovação de uma maneira única. Desde 2005, a FAO/ONU designou 67 sistemas de patrimônio agrícola em 22 países.
A coordenadora de Estruturação da Sociobiodiversidade da SAF (COESO/ SAF/ Mapa), Fernanda de Sá Martins Araújo, destacou o trabalho do Mapa em conjunto com a FAO, no Brasil, e parceiros para o reconhecimento do GIAHS de outros sistemas. “Faremos uma visita técnica ainda neste mês para dar continuidade a certificação internacional do Sistema Agrícola Tradicional (SAT) da erva-mate no Paraná”, afirmou.
Sistema Agrícola Tradicional na Serra do Espinhaço Meridional
As comunidades tradicionais da Serra do Espinhaço Meridional (MG), com base em seu profundo conhecimento, desenvolveram um sistema agrícola único – conhecido como “Apanhadores(as) de Flores Sempre-Vivas” – e uma forte identidade cultural em harmonia com o uso dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade.
Para garantir a qualidade de vida, os agricultores praticam diversas atividades agrícolas adaptadas aos diferentes tipos de solo e às características geográficas e climáticas da região. Eles realizam o manejo de mais de 400 espécies, incluindo as alimentares, os frutos nativos, as plantas medicinais e as ornamentais.
Atualmente, a coleta e o manejo de flores sempre-vivas e todo o sistema agrícola associado fazem parte da identidade local, contribuindo para a conservação da paisagem e para a segurança alimentar e os meios de subsistência dessas comunidades.
Informações à Imprensa
Patrícia Victor
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