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Defesa Agropecuária
Barreiras sanitárias são testadas em simulado sobre aftosa no interior de São Paulo
Médicos veterinários participaram nesta semana de simulado para testar barreiras sanitárias contra a febre aftosa. O simulado, encerrados nesta sexta-feira (29), foi realizado em Pirassununga, no campus da Universidade de São Paulo, e teve a participação de quatro médicos veterinários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e 47 da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O simulado foi uma oportunidade de treinar as ações que devem ser tomadas diante de uma situação de emergência sanitária. Representou também a possibilidade de mapear eventuais pontos que podem ser melhorados pelos diferentes participantes, conforme a auditora fiscal federal agropecuária Daniele Cavalcante, chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Saúde Animal da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP).
Foram instaladas barreiras sanitárias nas principais vias para fiscalização de trânsito de veículos e desinfecção; fiscalização em propriedades para investigação de novos casos; logística de envio de amostras para análise laboratorial; e uso de sistemas informatizados de informação, além do treinamento de como deve ser a atuação dos serviços de comunicação e assessoria de imprensa, serviço de logística e compras em situação de atendimento a emergência sanitária.
O último registro de febre aftosa registrado no estado de São Paulo é de março de 1996. O estado vem adotando medidas para eliminar a obrigatoriedade da vacina contra a doença. O simulado é uma das orientações contidas no Plano Estratégico para esse fim. O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo (SFA-SP), Danilo Kamimura, explica que o simulado é "como um treinamento contra incêndio", uma preparação para um momento de crise.
Os veterinários integram o Grupo Estadual de Atenção à Suspeitas de Enfermidades Emergenciais (Gease), criado a partir da Portaria CDA nº 10/2022, para o atendimento em um possível foco da doença.
Foi apresentado ao grupo quais passos devem ser adotados no Plano de Contingência de Febre Aftosa, ou seja, a partir do momento em que é confirmado um foco da doença, quando é instituído o estado de emergência zoossanitária.
O auditor fiscal federal agropecuário Gabriel Torres, chefe da Divisão de Aftosa do Mapa em Brasília, explicou que a primeira etapa é entender a extensão dos focos. Em seguida, as ações visam conter a febre aftosa no menor espaço geográfico possível.
O plano estabelece regras para o trânsito controlado de animais, com restrição de movimentação, além da ampliação das ações de vigilância. Conforme Torres, os profissionais devem definir os raios de atuação em torno dos focos e adotar ações específicas de vigilância nessas áreas. Simultaneamente, a contenção pode envolver vacinação de emergência, sacrifício sanitário de animais e o estabelecimento de uma zona específica de contenção.
A atividade foi organizada pela CDA, com apoio e participação do Mapa, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootécnica da USP, Faculdade de Zootecnia e Engenharia da USP e da Prefeitura do Campus Fernando Costa da USP.
Informações à imprensa
Ana Maio - SFA-SP
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