LFDA-SP é laboratório de referência para influenza aviária na América Latina e confirma diagnósticos de focos em países vizinhos
Nas últimas semanas, países da América Latina, como Colômbia e Equador, relataram casos de Influenza Aviária em seu território. O diagnóstico inicial é realizado pelos laboratórios oficiais locais, porém a confirmação destes casos é realizada por um laboratório de referência da OMSA. O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA-SP), ligado à Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, é considerado laboratório de referência para influenza aviária e doença de Newcastle pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e conta com uma estrutura biossegura nível NB3Ag, que permite a manipulação de patógenos sem risco de disseminação destes. Essa estrutura é uma das únicas do país.
Para fins de diagnóstico conclusivo de doenças animais, é recomendado pela OMSA que os laboratórios que identifiquem uma enfermidade de notificação obrigatória enviem a amostra para um laboratório de referência para confirmação.
A Colômbia chegou ao diagnóstico de que o foco era causado por um vírus H5 de alta patogenicidade e enviou a amostra para o LFDA-SP apenas para confirmação. O LFDA-SP realizou análises para subtipificação da hemaglutinina e da neuraminidase do vírus detectado, assim como sequenciamento parcial da hemaglutinina, e chegou à conclusão de que se tratava, de fato, de um vírus H5N1 de alta patogenicidade, confirmando os achados do laboratório oficial colombiano.
Essa foi a segunda vez que o LFDA-SP recebeu amostras de outros países para confirmação. No ano passado, o laboratório recebeu amostras da Bolívia para confirmar um surto de doença de Newcastle. Além disso, o Equador também enviou amostras relativas ao foco de Influenza Aviária identificado em poedeiras comerciais para confirmação no laboratório de referência no Brasil. Neste caso, a única informação confirmada pelo laboratório local é que se tratava de um vírus do subtipo H5. A caracterização restante do vírus foi realizada pelo LFDA-SP, confirmando se tratar de um vírus H5N1 de alta patogenicidade.