Fertilizantes e o produtor rural
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de grãos (arroz, cevada, soja, milho e trigo), atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia, sendo responsável por 7,8% da produção total mundial, e o segundo maior exportador de grãos do mundo, com 19%, alcançando US$ 37 bilhões em 2020. As exportações do agronegócio, bem como a produção agrícola, vêm aumentando e apresentam um cenário promissor para os próximos dez anos, conforme Projeções do Agronegócio, Brasil 2019/20 a 2029/30 nas figuras a seguir.
Segundo dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2020, o agronegócio brasileiro foi responsável por 48% do total das exportações brasileiras (Nascimento, 2021). No mesmo ano, o número de empregos relacionados ao agronegócio era de 17,3 milhões, 20,1% do total (Barros et al., 2021).
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, 2021), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq), cresceu 5,35% no primeiro trimestre de 2021, equivalente a R$ 124 bilhões, frente a 2020, tendo no ramo agrícola um crescimento de 7,99% (R$ 136 bilhões) (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, 2021).
De acordo com a ministra de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sra. Tereza Cristina (GlobalFert, 2021b), até 2050, estima-se que o crescimento de produção nacional de alimentos terá que ser da ordem de 40% para atender satisfatoriamente a demanda global, considerando um incremento previsto de mais 2 bilhões de pessoas no mundo. Fertilizantes, portanto, são um insumo estratégico na produção agropecuária brasileira.
Um plano nacional de fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas deve ter seu foco nos principais elos da cadeia: a indústria e os produtores rurais. A falta de uma política para o setor desde a década de 1980 tornou o País extremamente dependente por importação de produtos e tecnologias, fazendo com que a indústria nacional decrescesse 30%, enquanto que as importações aumentaram 66% nos últimos 20 anos, além dos custos dos fertilizantes na produção alcançassem mais de 40% em culturas como soja, milho e algodão nesse período. As altas importações de fertilizantes no Brasil tiveram como consequência a externalização de mais de 9 bilhões de dólares em 2020, divisas que poderiam estar gerando empregos e renda dentro do País, caso a indústria de fertilizantes não tivesse encolhido nos últimos 20 anos. Para o Brasil atingir as expectativas mundiais e nacionais de produção de alimentos, ainda de forma agroambiental, o País precisa melhorar seu ambiente de negócios, investir em Ciência e Tecnologia para o ambiente tropical e garantir investimentos na produção nacional, para não sofrer com crises mundiais de oferta e aumento dos preços desses insumos. As medidas devem readequar o equilíbrio entre a produção nacional e a importação ao atender sua crescente demanda por produtos e tecnologias de fertilizantes, tornando-se um País protagonista no mercado mundial de fertilizantes. Dessa forma, o produtor rural brasileiro ganhará competitividade, e o consumidor poderá contar com segurança alimentar e preços dos alimentos ao alcance da renda de todos os brasileiros.
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de grãos (arroz, cevada, soja, milho e trigo), atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia, sendo responsável por 7,8% da produção total mundial, e o segundo maior exportador de grãos do mundo, com 19%, alcançando US$ 37 bilhões em 2020. As exportações do agronegócio, bem como a produção agrícola, vêm aumentando e apresentam um cenário promissor para os próximos dez anos, conforme Projeções do Agronegócio, Brasil 2019/20 a 2029/30 nas figuras a seguir.
Levantamento de preços de insumos para o agronegócio - Conab