Introdução
O agronegócio é um dos poucos setores que tem condições concretas de contribuir para superar alguns grandes desafios da humanidade como a pobreza, a fome, a geração de riqueza e a melhoria da expectativa e qualidade de vida. Em quaisquer cenários temporais é preciso olhar na perspectiva de oportunidades para o setor, especialmente pela geração e captura de valor a partir dos produtos, processos, serviços e outros ativos do agronegócio e seus transbordamentos.
A inovação, tendo como princípio sua capacidade de transformar conhecimentos e ativos em riqueza, valor capturado e percebido, será a alavanca para os novos paradigmas do agronegócio brasileiro. Para promoção da inovação no agronegócio brasileiro o MAPA tem desenvolvido uma agenda pautada em eixos estratégicos com diretrizes associadas a Sustentabilidade, Bioeconomia, Digital, Inovação Aberta, e Food Tech (cadeias agroalimentares).
Numa visão de futuro esses temas são essenciais para a transformação do agronegócio brasileiro e são vitais para o País alavancar e seguir antecipando o protagonismo do agronegócio mundial.
O MAPA vem desenvolvendo várias iniciativas em cinco eixos estratégicos para alavancar o nosso agronegócio como apoio para políticas públicas, diretrizes, programas e planos que auxiliaram na construção de novos horizontes do setor.
Em Sustentabilidade há diretrizes relacionadas com o Plano ABC, Programa Pronasolos, Plano Águas do Agro, Agrometereologia, Previsões Climáticas e Metereológicas, e Mudanças Climáticas, processos conceito e outros.
Para o Eixo de Bioeconomia os temas centrais devem buscar inovação tecnológica associados a Biologia avançada (Biotecnologia, Nanotecnologia, Edição Gênica etc.), Bioinsumos (como o Programa Nacional de Bioinsumos e ações correlatas), Recursos Genéticos e Naturais (recém aprovado a ratificação do protocolo de Nagóia, e outros desdobramentos positivo por vir), Bioenergia, Sócio-biodiversidade etc. Em breve lançaremos a Política Nacional de Recursos Genéticos para Alimentação e Agricultura.
Para a Agricultura Digital estamos olhando para a rápida transformação que o digital está e vai promover no campo. Seja pelo uso de ferramentas e tecnologia de: aprendizagem virtual, blockchain, avanços em conectividade, uso de Bots, avanços da agricultura de precisão, inteligência artificial, ou mesmo plataformas digitais como a Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores. Da mesma forma precisamos antecipar o futuro e trazer aplicações de computação holográfica e gêmeos digitais para o agro.
Inovação aberta é outro eixo estratégico, seja pela ampliação e fortalecimento dos hubs, polos e ecossistemas de inovação no agronegócio, ou pela promoção da Inovação Social (Ater Digital e outros modelos de assistência técnica e extensão rural), desenvolvimento de processos e marcas para agregação e valor (fortalecimento da área de IG, processos agrícolas e selos), desenvolvimento de cadeias curtas para aproximar o produtor do consumidor etc.
Outra novidade é o eixo de Food Tech voltado para o fortalecimento e a captura de valor sobre o que sai do campo, inovando nas cadeias agroalimentares. Estamos olhando o desenvolvimento e a inovação associados a ingredientes alimentares e nutricionais, processos pós-colheita e agroindustriais, alimentos plant-based (proteínas derivadas de plantas) e cell-based (cultivados), agricultura vertical, tecnologias em embalagens inteligentes e temas correlatos.
A visão é de que precisamos gerar e capturar mais e mais valor para agronegócio: antes, dentro e fora da porteira. Esses drivers de inovação serão as alavancas para o novo agro!