COMO IMPLANTAR GESTÃO DE PROCESSOS
Para implantar a gestão de processos, a COEP dispõe de uma equipe especializada em análise de processos. O Escritório de Processos tem a competência de definir metodologias, técnicas e ferramentas de apoio à melhoria de processos. Manter os registros da documentação dos processos disponíveis e atualizados em rede, também faz parte das atribuições da Coordenação, assim como gerenciar as informações de serviços consideradas prioritárias para o Ministério e a sua gestão.
Entretanto, antes de tudo, vale lembrar que qualquer mudança em processos deve ser implementada de forma gradual.
Ciente disso, vamos conferir algumas etapas que ajudarão você a implantar a gestão de processos. De início, é importante conhecer os procedimentos a serem adotados para que a COEP seja demandada na realização de mapeamentos e melhorias dos processos de negócios de sua unidade, com a aplicação da metodologia utilizada pelo EP.
-
Solicitar à COEP a demanda de mapeamento de processo, pelo SEI
Antes de tudo, é necessário conhecer o processo de negócios de sua unidade que agrega valor à unidade. É bom mencionar que as “Atividades de agregação de valor são aquelas que contribuem para que o processo evolua de maneira positiva” (CBOK versão 4.0, p. 46). Feito isso, comece o mapeamento pelo processo que agrega maior valor à entrega do produto ou serviço de sua unidade. É preciso mapear os processos para identificar as atividades de cada etapa do trabalho de modo padronizado, o que permite maior organização e promove a otimização das entregas da unidade.
Diante do recebimento da demanda, o EP entra em contato com a unidade demandante, para agendar reunião com o dono do processo e equipe, com o intuito de identificar o escopo do trabalho, seus objetivos e expectativas, para dar início ao planejamento do trabalho a ser realizado.
-
Planejar o mapeamento
É nessa etapa que se colhem as informações básicas para condução dos trabalhos para o levantamento, mapeamento, avaliação e proposição de melhorias. A importância do planejamento antes das atividades do mapeamento se dá principalmente pela contextualização do passo a passo do seu projeto.
Para o planejamento é fundamental elaborar um plano de trabalho, colaborativo, pactuado através de um Termo de Abertura de Projeto, com a definição dos papéis dos participantes e patrocinador. Este documento visa identificar o escopo e não escopo, benefícios a serem alcançados e a previsão de finalização dos trabalhos, de modo a conduzir melhor as atividades coordenadas pelo EP, junto à unidade demandante.
Antes de iniciar os trabalhos, o EP reúne a equipe da unidade demandante, que irá participar do mapeamento, e realiza o nivelamento conceitual dos termos utilizados na metodologia adotada pelo escritório.
-
Executar o mapeamento e analisar melhorias
Esse é um momento que exige muita atenção. Conhecer bem o processo que vai ser mapeado é fundamental. Por isso, além do responsável pelo processo, reúna todas as pessoas que têm atividades dentro do processo.
Nessa etapa, três momentos são essenciais para a execução do mapeamento e avaliação do processo: identificação das atividades executadas, mapeamento do processo e proposição das melhorias.
Na identificação das atividades executadas é necessário conhecer quais são as atividades realizadas pelos diferentes atores do processo. Esse é o momento da coleta de dados, e pode ser feito com a ajuda de um formulário para identificar o nome do processo, o responsável, os participantes, quem inicia o processo, quais os documentos que devem ser apresentados pelo solicitante, legislação e como o processo é executado.
No mapeamento do processo, após a identificação dos subprocessos, as atividades definidas, atores, o EP modela o fluxo do processo AS IS, ou seja, como ele estava sendo executado no momento, e com todas as atividades realizadas em cada área envolvida. Para desenhar o fluxo, o Escritório utiliza a notação BPMN 2.0.
Esse trabalho é realizado por meio de oficinas presenciais ou remotas. O envolvimento de todas as pessoas que conhecem e participam do processo é fundamental para que o mapeamento seja realizado de maneira mais fidedigna.
A proposição das melhorias é realizada por meio de análise do mapeamento AS IS, quando serão propostas soluções para os problemas ou lacunas de desempenho revelado no processo. O objetivo é a criação de um estado futuro do processo (TO BE), com incorporação de melhores práticas e consequente maior economia, eficiência e demais ganhos para o processo. Essas proposições de melhorias devem ser avaliadas e validadas pelos gestores do processo mapeado para que sejam realizadas.
Neste momento, a elaboração de indicadores de desempenho é importante, para verificar se o processo está atingindo os objetivos pelos quais foi criado.
-
Implantar melhorias e monitorar indicadores de desempenho
Já na etapa anterior, os principais desafios ou oportunidades de melhoria do processo são verificados. Os indicadores de desempenho são fundamentais para obter informações sobre o comportamento dos processos, se estes estão sendo realizados conforme o planejado e se atendem aos objetivos propostos.
O acompanhamento dos indicadores levantados e os seus resultados fornecem subsídio para tomada de decisão do gestor do processo. Acompanhar o desempenho rotineiramente faz com que, à medida que as melhorias são implementadas, possíveis correções podem ser realizadas a fim de diminuir lacunas entre o desempenho do processo e os resultados esperados. Isso possibilita iniciar ações imediatas de melhorias em acordo com a unidade apoiada, consolidadas por meio de um Plano de Ação (5W2H).