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História: Angelo Secchi
🌞O padre Angelo Secchi foi um jesuíta e astrônomo italiano, sendo considerado um dos precursores da física solar. Conhecido pelas suas investigações sobre o Sol e as estrelas, foi um grande mediador entre a cultura católica e a cultura secular-liberal.
Secchi nasceu em 1818, na cidade de Reggio Emilia, uma comuna localizada no norte da Itália. Com 15 anos, entrou no noviciato Companhia de Jesus, em Roma, onde mostrou grande inclinação para ciência, especialmente nos ramos da Matemática e da Física.
Tornou-se professor de Física e pouco tempo depois começou os estudos teológicos em Roma, sendo nomeado sacerdote em 1847. Após um período vivendo nos Estados Unidos, virou chefe do Observatório Astrônomico do Colégio Romano, que sob sua diração, tornou-se o primeiro observatório astrofísico do mundo.
O novo observatório foi um dos primeiros a lidar com o estudo físico dos corpos celestes, especialmente através de técnicas que estavam em desenvolvimento, nascendo assim a astrofísica moderna.
🔭Em poucos anos, padre Secchi conseguiu observar e catalogar mais de quatro mil espectros estelares, introduzindo uma das primeiras classificações das estrelas, um ponto de referência essencial para estudos posteriores nesse campo da ciência.
Até sua morte, ocorrida em 1878, permaneceu fiel à dupla vocação como sacerdote e cientista, com uma ligação profunda com a Igreja e fidelidade ao Papa em uma época nada fácil para as relações entre Igreja e Estado, bem como entre ciência e fé.
Recentemente, Secchi foi lembrado pelo também padre jesuíta e astrônomo Guy Consolmagno, diretor do Observatório de Vaticano, instituto de pesquisa astronômica subordinado à Santa Sé. Perguntado sobre as imagens do telescópio James Webb, Consolmagno fez o seguinte comentário:
“Passaram-se 150 anos desde que o padre Angelo Secchi colocou um prisma diante da lente de seu telescópio no teto da Igreja de Sant'Ignazio, em Roma, e efetuou as primeiras medidas espectrais das atmosferas dos planetas do nosso sistema solar. Imagino o quanto ele ficaria feliz ao ver essa ciência sendo aplicada a planetas desconhecidos para ele e que orbitam estrelas distantes".
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