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Webinar: Construção e Lançamento do Satélite Amazonia 1
Na manhã desta terça-feira (23), ocorreu um webinar para abordar a importância e os desafios do Brasil na condução do lançamento do satélite Amazonia 1 - primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. O lançamento está marcado para o próximo domingo (28), às 10h24 da manhã, horário local da Índia - à 01h54 da manhã no Brasil.
Participaram do evento on-line, representando a Agência Espacial Brasileira (AEB), o presidente Carlos Moura e a coordenadora substituta de Satélites e Aplicações, Adriana Elysa Alimandro Corrêa; e representando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o chefe da Divisão de Projeto Estratégico, Cláudio Almeida, e o coordenador de Planejamento, Orçamento e Avaliação, Marco Antônio Chamon.
O webinar foi uma iniciativa da AEB juntamente com a Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE), com moderação e transmissão realizadas pela MundoGEO.
Na abertura do encontro, Carlos Moura, que está na Índia para acompanhar o lançamento do Amazonia 1, ressaltou a importância do avanço do Brasil na construção de satélites e no desenvolvimento do sensoriamento remoto. “Avançamos muito nesses aspectos e já estamos nos preparando para novas missões, ainda mais desafiadoras e inspiradoras. Acredito que, com esse avanço, nossos projetistas, cientistas e indústrias poderão contribuir ainda mais com o Programa Espacial Brasileiro, já demonstrando esse histórico de desenvolvimento e projetos que estão voando e prestando serviços à nação”, avaliou o presidente da AEB.
Já Adriana Corrêa destacou a necessidade de investimentos em satélites nacionais. “O Brasil é um país amplo, com uma vasta extensão territorial. Satélites nacionais são fundamentais para nossa proteção ambiental e territorial, além de oferecerem retornos de caráter práticos, econômicos e em benefícios para a sociedade. A Agência tem buscado, cada vez mais, a integração de vários órgãos governamentais para o fortalecimento do programa espacial”, acrescentou a tecnologista.
O coordenador de Planejamento, Orçamento e Avaliação do INPE, Marco Antônio Chamon, apresentou a complexidade na concepção, engenharia, montagem, testes e transporte do Amazonia 1. De acordo com sua participação no webinar, a materialização do satélite começou em 2018, tendo muitas exigências no processo, esforços das equipes envolvidas e investimentos financeiros. “Tudo isso evidencia que uma Missão é muito mais que um satélite”.
Por fim, o chefe da Divisão de Projeto Estratégico do INPE, Cláudio Almeida, abordou as expectativas em relação ao satélite nacional. Segundo ele, com o Amazonia 1, em pleno funcionamento, haverá um ganho enorme em termos de monitoramento do território nacional, com informações e dados espaciais diários.
“O estado brasileiro precisa ser independente na capacidade de monitoramento espacial. Esses dados diários, por exemplo, podem ajudar muito no combate ao desmatamento na Amazônia (...) É preciso considerar que o Amazonia 1 é um projeto de vários órgãos de governo, da academia e da indústria. O sucesso do lançamento é aguardado por todos esses setores”, ressaltou Almeida.
O satélite Amazonia 1 é um desenvolvimento coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI).
- Assista aqui ao recado completo do presidente da AEB e à íntegra do webinar.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira, órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
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