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SISTEMA PREVÊ TEMPESTADES SOLARES COM 24 HORAS DE ANTECEDÊNCIA
Brasília, 22 de junho de 2015 – O primeiro protótipo de um sistema destinado a prever como e quando grandes tempestades solares atingirão a Terra já está concluido.
O esforço conjunto de pesquisadores da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e do Imperial College de Londres resultou em um sistema de previsão de clima espacial capaz de prever o impacto das tempestades solares em nosso planeta com até 24 horas de antecedência.
Grandes tempestades solares, quando ocorrem voltadas para a Terra, podem afetar os satélites artificiais de comunicação e de posicionamento global como o do distema GPS. Em casos mais raros, elas chegam a ser tão fortes que os efeitos podem ser sentidos na superfície do nosso planeta, incluindo interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Conhecidas como ejeções de massa coronal, essas tempestades formam arcos gigantescos na superfície do Sol, disparando uma “nuvem de partículas” para o espaço.
Esta nuvem é repleta de campos magnéticos retorcidos, que mudam conforme viajam pelo espaço. Se um desses campos magnéticos atingir o campo magnético da Terra em uma determinada orientação, os dois se ligam, “abrindo uma porta” que permite que o material rompa o escudo de proteção do planeta, provocando tempestades geomagnéticas.
Os atuais satélites de observação solar só conseguem determinar a orientação do campo magnético da ejeção de massa coronal quando ele está a menos de uma hora da Terra – entre 30 e 60 minutos.
Previsão – A nova ferramenta gera um modelo do que ocorrerá com a nuvem magnética a partir de sua geração no Sol e de dados de monitoramento de vários observatórios em terra, gerando uma previsão do campo magnético com 24 horas de antecedência.
O novo modelo foi testado com dados de oito ejeções de massa coronal anteriores, obtendo resultados com grande capacidade preditiva. Agora ele será avaliado pela Nasa e, sendo validado, será disponibilizado para as agências de monitoramento ambiental e para a International Space Environment Service (Ises), uma entidade internacional voltada para o monitoramento do clima espacial.
No Brasil o acompanhamento das atividades do clima espacial é feito pelo Estudo e Monitoramento do Clima Espacial (Embrace) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).
Fonte: Nasa