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Chega ao fim a 34ª edição do Space Studies Program
Na última sexta-feira (5), aconteceu o encerramento do Space Studies Program (SSP) 2022, com apresentação do trabalho final da equipe composta de vários servidores da Agência Espacial Brasileira (AEB). O evento, que é o principal curso de curta duração sobre os mais abrangentes temas da área espacial, oferecido pela International Space University (ISU), foi realizado de forma online e teve como sede a cidade de Oeiras, em Portugal.
A equipe de alunos, formada por 15 participantes de dez nacionalidades diferentes, sendo quatro brasileiros que trabalham na AEB, debruçou-se durante seis semanas sobre o tema: “ Novas metodologias para descoberta de vida no espaço exterior ”. O curso foi finalizado com um trabalho de conclusão, um sumário executivo e uma apresentação oral/vídeo, seguida de perguntas e respostas de especialistas e do público em geral.
A missão proposta pela equipe, SENTIENT (Search for Extra-terrestrial Entities in the Enceladus Terrain), visa aprofundar essa busca e explorar a possibilidade de vida, passada ou presente, na gelada lua de Saturno, chamada Enceladus.
O conceito da missão consiste em uma espaçonave composta por um orbitador e um módulo de pouso. O orbitador conterá instrumentos de sensoriamento remoto para determinar uma zona de pouso ideal perto das Tiger Stripes ao redor do pólo sul, onde a sonda coletará amostras e dados do gelo e da atmosfera circundantes e os transmitirá ao orbitador, para retransmiti-los de volta à Terra para análise adicional de possíveis bioassinaturas.
E se encontrarmos vida lá fora? Isso, por sua vez, levantaria muitas outras questões do ponto de vista da ciência, do direito, da política e das humanidades. Além da excitação, espera-se que tal evento incite reações mistas do público, incluindo preocupações éticas em torno das interações com organismos recém-descobertos.
Além de toda uma nova dimensão aberta à comunidade científica, novos estudos precisariam ser conduzidos sobre mudança comportamental humana, novas leis e políticas teriam que ser desenvolvidas e novas políticas de bem-estar em todo o mundo seriam implementadas.
Para o procurador federal da AEB, Ian Grosner, a oportunidade de concluir o curso pela ISU foi única: “O curso, como já era esperado, é multidisciplinar e propicia ao estudante uma visão quase que completa dos estudos relacionados ao espaço exterior. Astronomia, medicina espacial, engenharia espacial, sensoriamento remoto, astrobiologia, direito e política espacial, artes, enfim, uma gama variada de conhecimentos transmitidos pelos maiores especialistas dos assuntos, incluindo pesquisadores e cientistas de diversas agências espaciais do mundo: NASA, ESA, JAXA etc. O aprendizado com os professores e com os demais alunos da equipe foi constante durante as seis semanas do curso. O trabalho final ficou excelente e só tenho mesmo a agradecer aos meus colegas e à AEB por ter me proporcionado esta experiência”.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS