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Série Amazonia 1: uso estratégico das telecomunicações na defesa da soberania nacional
A evolução das telecomunicações brasileiras impôs a necessidade de adoção de medidas de segurança para o setor. Por isso, em maio de 2017, foi lançado o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas 1 (SGDC 1).
A expectativa é trazer mais segurança às comunicações estratégicas do governo e às comunicações militares. Além do satélite em si, a infraestrutura de solo para seu controle passou a ser feita por meio de estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa.
O Sistema SGDC foi concebido como um projeto estratégico nacional e está em desenvolvimento pela Telebras, em parceria com os ministérios das Comunicações, da Defesa, e da Ciência, Tecnologia e Inovações.
O satélite SGDC 1 é operado nas bandas X e Ka. A banda X é destinada ao uso militar pelo Ministério da Defesa. A banda Ka, por sua vez, é operada pela Telebras e tem dupla finalidade: garantir a segurança das redes de governo; e ampliar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) para as regiões mais isoladas, como a Amazônia e o Nordeste brasileiro. Para se ter uma ideia do alcance desse tipo de atuação, em pouco mais de um ano, foram beneficiados cerca de três mil municípios, a maioria nas regiões Norte e Nordeste, alcançando doze mil pontos, nove mil escolas, quase três milhões de estudantes, além de Unidades Básicas de Saúde e outras instalações. Um verdadeiro fator de integração nacional.
O SGDC 1 foi construído na França, pela empresa Thales Alenia Space, que venceu a seleção internacional de fornecedores. O processo de escolha foi organizado pela Visiona Tecnologia Espacial, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer, criada para atuar como empresa integradora do projeto SGDC.
Além da construção do satélite, as empresas vencedoras da seleção internacional se comprometeram, em contrato, a transferir parte da tecnologia para o Brasil, com intenção de alavancar a indústria espacial brasileira neste setor.
A adesão ao Plano de Absorção e Transferência de Tecnologia foi uma condição obrigatória aos fabricantes interessados em fornecer o satélite para o Sistema SGDC.
A execução do Plano de Absorção e Transferência de Tecnologia está sendo conduzida pela Agência Espacial Brasileira (AEB). O lançamento do SGDC 1 ocorreu em 2017, no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, pela empresa Arianespace.
No sétimo e último texto da série Amazonia 1, saiba mais sobre o satélite desenvolvido com tecnologia brasileira, lançado hoje (28).
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTI e órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais (SINDAE). É responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS