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Série Amazonia 1: satélite projetado integralmente no Brasil é lançado em 28 de fevereiro
Com a experiência adquirida na missão CBERS, o Programa Espacial Brasileiro passará a contar com o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. O Amazonia 1, lançado em 28 de fevereiro, à 1h54 (horário de Brasília), em Sriharikota, na Índia, orbitará entre os polos da Terra, em uma trajetória chamada de órbita Sol síncrona-polar. Nesse trajeto, o Amazonia 1 vai gerar imagens do planeta com atualização a cada cinco dias.
O trabalho referente ao lançamento do satélite e à coleta dos dados gerados pelo equipamento é coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), por meio do Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais (SINDAE). A concepção da missão, desenvolvimento e execução do projeto Amazonia 1 coube ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O sensoriamento remoto possibilitará a observação e o monitoramento do desmatamento, especialmente na região amazônica. O satélite vai contribuir também com o avanço de tecnologias aplicadas para a diversificar a agricultura e alinhar a atividade aos programas ambientais em todo o território nacional.
Os dados gerados serão úteis para atender, ainda, o monitoramento da área costeira, dos reservatórios de água, das florestas naturais e cultivadas, de desastres ambientais, entre outros.
As informações colhidas ficarão disponíveis para comunidade científica, órgãos governamentais e usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre.
AUTONOMIA ESPACIAL – O Amazonia 1 coloca o país em um novo patamar científico e tecnológico para missões espaciais. Com o lançamento do satélite e a validação em voo da Plataforma Multimissão (PMM), o Brasil terá dominado o ciclo de completo de concepção, fabricação e operação de sistemas espaciais para satélites estabilizados em três eixos.
Isso significa autonomia para atuar em missões dessa categoria e capacitação para avançar para outros tipos de missão. Dessa maneira, cria-se a possibilidade de trabalhar em todas as etapas e em todos os subsistemas de uma missão em parcerias nacionais.
Como legado, a indústria espacial brasileira receberá a herança de voo nos equipamentos fabricados para o satélite, o que abre perspectivas para o fornecimento de tecnologia a outros países e agências espaciais.
DADOS TÉCNICOS – Para a captura de imagens, o satélite possui um imageador óptico de visada larga (câmera com 3 bandas de frequências no espectro visível - VIS e 1 banda próxima do infravermelho - Near Infrared ou NIR), capaz de observar uma faixa com aproximadamente 850 km de largura, com 60 metros de resolução.
Além dos objetivos finalísticos, a iniciativa tem um importante objetivo do ponto de vista tecnológico: a validação da Plataforma Multimissão PMM como sistema.
Os principais ganhos tecnológicos decorrentes da Missão Amazonia 1 são:
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A validação da Plataforma Multimissão (PMM) como sistema, o que gera confiabilidade e redução significativa de prazos e custos para o desenvolvimento de futuras missões de satélites baseados na PPM;
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Consolidação do conhecimento do Brasil no ciclo completo de desenvolvimento de satélites estabilizados em 3 eixos. Assim, o país ganha maturidade nas atividades de integração e testes de satélites;
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Capacitação no subsistema de Controle de Atitude e Órbita e Supervisão de Bordo, com a experiência do contrato com transferência de tecnologia com a Argentina;
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Desenvolvimento na indústria nacional de mecanismos de abertura do Painel Solar. Nos satélites da série CBERS, os equipamentos foram fornecidos pela China;
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Desenvolvimento da propulsão do subsistema de controle de atitude e órbita na indústria nacional;
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Capacitação do país na realização de operações iniciais pós-lançamento (LEOP);
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Consolidação de conhecimentos na campanha de lançamento de satélites de maior complexidade;
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Consolidação e aquisição de experiência nas tomadas de decisão e ações em condições críticas de operação;
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Aquisição de experiência na execução de operações para encerramento do ciclo de vida da missão.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTI e órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento de Atividades Espaciais (SINDAE). É responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social - CCS