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Série Amazonia 1: Brasilsat, América Latina e a Copa do Mundo de 1982
Antes dos Satélites de Coleta de Dados (SCD 1 e 2), foi lançado o primeiro satélite brasileiro de comunicação, o Brasilsat A1. Fabricado pela empresa Spar Aerospace Ltd., do Canadá, sob licença da Hughes Space, o Brasilsat A1 teve um dos maiores incentivos para sua construção e lançamento: o futebol. Era 1981, quando a seleção brasileira de futebol se classificou para Copa do Mundo que ocorreria no ano seguinte.
Durante as disputas preliminares, dois jogos da seleção brasileira deveriam ser transmitidos à noite, em rede nacional. No entanto, não houve espaço no satélite Intelsat, usado pela estatal de telecomunicações Embratel para a transmissão. Os jogos foram retransmitidos sem as imagens, apenas com a locução. Iniciou-se, então, o debate sobre a necessidade de o Brasil dispor de um satélite exclusivo para as suas comunicações.
O lançamento do Brasilsat A1, em 1985, trouxe estímulo para o setor no Brasil. No ano seguinte, foi lançado o Brasilsat A2, idêntico ao primeiro e com condições de atender também a outros usuários da América do Sul. Anos depois, em 1994 e 1995, quando a vida útil dos satélites de primeira geração estava próxima ao esgotamento, foram postos em órbita o Brasilsat B1 e o Brasilsat B2 . Esses novos satélites de comunicação eram maiores e mais poderosos que os satélites da geração anterior. Além disso, tinham também alguns canais disponíveis aos países do Mercosul.
Com o lançamento da terceira geração de artefatos, em fevereiro de 1998, o Brasilsat B3 conectou cidades da Amazônia ao restante do Brasil e do mundo.
Em 29 de julho de 1998, a Embratel foi privatizada, e a área de satélites da empresa transformou-se numa subsidiária denominada Star One (atual Embratel Star One). Com isso, o último satélite da geração Brasilsat, o B4, foi lançado em 2000.
No quinto texto da série Amazonia 1, saiba sobre a privatização da Embratel e a substituição dos satélites Brasilsat pelos Star One.
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