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SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA TEM INÍCIO EM BRASÍLIA (DF)
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, abriu ontem (19), em Brasília, a 7ª Edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), cujo tema este ano é Ciência para o Desenvolvimento Sustentável, uma forma de homenagear o Ano Internacional da Biodiversidade. Ao falar na cerimônia, o ministro afirmou que a proposta é que a Semana de 2010 seja superior a de 2009, quando foram registradas mais de 20 mil atividades e mais de 15 milhões de visitantes. A exposição segue até domingo (24).
O ministro Rezende falou da formação de novos mestres e doutores e citou o avanço dos últimos anos. “A ciência é muito nova em nosso País. Começamos a formar mestres e doutores a partir de 1960. Apesar disso, temos conseguido avanços significativos. Há 20 anos, o número de mestres e doutores formados a cada ano não ultrapassava cinco mil. Em 2009, por exemplo, formamos mais de 50 mil. Cito neste exemplo que as bolsas de iniciação científica tiveram papel importantíssimo nessa formação. Essas bolsas representam uma oportunidade de atrair os nossos jovens para o mundo da ciência e da tecnologia”, destacou.
O ministro lembrou ainda o esforço do governo Federal em inaugurar mais universidades e escolas técnicas federais. “O apoio do governo em abrir novos centros de estudos para a nova geração tem impactado de forma positiva nos bons números que a ciência e a tecnologia têm colhido recentemente”, disse.
Inclusão Social
O secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCT, Roosevelt Tome Silva Filho, disse que a Semana caracteriza-se como um evento que coloca cientistas e pesquisas em contato com a população. “Além disso, é uma satisfação ver que essa iniciativa coloca a ciência e a tecnologia no meio de todos nós. E, mais que isso, ver a participação de todos neste processo. É gratificante ver o retorno das pessoas e, principalmente, dos estudantes”, lembrou.
De acordo com o diretor do Departamento de Difusão e Popularização da Ciência e Tecnologia do MCT, Ildeu Moreira, o público alvo da feira de ciência não são apenas as crianças. “Pretendemos pegar a curiosidade natural dos pequenos como também a curiosidade que move os adolescentes, adultos e idosos”, diz. “A participação de todos é muito importante para criarmos uma cultura de ciência e tecnologia”, destaca.
Nas seis edições anteriores a Semana já atraiu cerca de 5% da população brasileira. No total, foram cerca de 63 mil atividades entre 2004 e 2009. Este ano estão contabilizadas cerca de 10 mil atividades em mais de 300 cidades com a participação de 630 instituições ligadas à ciência, tecnologia e inovação
Ciuca
Em paralelo à abertura da SNCT, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Luiz Antonio Barreto de Castro, lançou o Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca). De acordo com Barreto, neste primeiro momento, estará disponível apenas o módulo de registro das instituições. Posteriormente, serão disponibilizados os módulos para registro dos protocolos de ensino e de pesquisa e para envio das solicitações de credenciamento.
Segundo o secretário, o Ciuca é um banco de dados integrado que terá todas as instituições interessadas em fazer pesquisas com animais. “No futuro próximo, nossa intenção é substituir as experimentações feitas em animas por métodos mais avançados. Por exemplo, existe um pesquisador no Nordeste que criou o ovário artificial. Assim, as pesquisas não necessitam de animais”, enfatizou.
As instituições interessadas em se cadastrar podem acessar o endereço eletrônico: ciuca.mct.gov.br.
Serviço:
Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
O que: Sua principal finalidade é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação
Onde: Esplanada dos Ministérios (demais atividades pelo País acessar o site do evento)
Horário: Das 9h às 18h
As atividades que ocorrem na SNCT são: dias de portas abertas em instituições de pesquisa e ensino; tendas da ciência em praças públicas; feiras de ciência, concursos, oficinas e palestras; ida de cientistas às escolas; jornadas de iniciação científica; distribuição de cartilhas, encartes e livros; exibição de filmes e vídeos científicos; excursões científicas; programas em rádios e TVs; eventos que integram ciência, cultura e arte; etc.