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SBSR REFLETE CRESCIMENTO DO SENSORIAMENTO REMOTO NO BRASIL
A necessidade de satélites para previsão e monitoramento de desastres naturais foi destacada na abertura do XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), na noite deste domingo (1º/5), no Estação Convention Center, em Curitiba, onde até quinta-feira (4) cerca de 2 mil pessoas participarão de debates e palestras sobre tendências de geotecnologias.
“Principalmente em tempos de mudanças ambientais globais, o sensoriamento remoto é ferramenta fundamental para o desenvolvimento socioeconômico e melhoria de vida da nossa população”, declarou João Braga, vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão promotor do evento em parceria com a Sociedade de Especialistas Latino-Americanos em Sensoriamento Remoto (Selper).
“Quando vemos tragédias ambientais não podemos pensar que a C&T (ciência e tecnologia) está fora disso. Precisamos avançar cada vez mais nesta questão”, completou Zaki Akel Sobrinho, reitor da Universidade Federal do Paraná.
Durante a cerimônia, foram destacadas várias das aplicações do sensoriamento remoto, primordial no inventário e monitoramento de recursos naturais. As características geoeconômicas do Brasil, como a grande extensão territorial, as vastas regiões de florestas, as amplas áreas de difícil acesso e baixa ocupação, bem como as extensas fronteiras e costa marítima, fazem com que as potencialidades de aplicação desta tecnologia espacial sejam ainda mais importantes e justificam o aumento vertiginoso tanto no número de usuários como de produtores de dados e sistemas para seu processamento.
Tecnologia
Todo o crescimento do sensoriamento remoto no Brasil não se explica apenas pelo SBSR. Mas será que chegaríamos até aqui sem ele? A pergunta de José Carlos Neves Epiphanio, presidente da Comissão Organizadora do evento, dimensiona a importância deste simpósio, que a cada dois anos propicia a vinda da nata da pesquisa, promove a troca de experiências e fomenta cooperações.
Para a realização do XV SBSR, foram chamados dezenas de especialistas brasileiros e estrangeiros. “Conseguimos reunir um primeiro time de palestras e temos aqui 27 países representados, além de todos os estados brasileiros”, comentou Lênio Soares Galvão, coordenador da Comissão Organizadora do Simpósio, frisando que a programação é feita de acordo com as necessidades dos usuários.
Diretor da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Gilberto José de Camargo disse que a realização do SBSR na cidade é importante no fortalecimento do mercado local de tecnologia da informação (TI), que hoje representa o terceiro grande momento econômico da cidade. “Tivemos um grande salto na década de 70, com a implantação da Cidade Industrial, a fase da industrialização. Depois, nos anos 90, um importante avanço econômico com a vinda das montadoras. Agora temos um mercado forte em TI e os avanços trazidos por um evento como este são importantes nesta nossa trajetória de desenvolvimento”, declarou Camargo, que representou o prefeito Luciano Ducci na cerimônia de abertura.
Também compuseram a mesa de autoridades: Leila Fonseca, presidente da SELPER Brasil; Luiz Paulo Fortes, diretor de Geociências do IBGE; Fernando Pellon de Miranda, da Petrobras, representando os patrocinadores, expositores e apoiadores do evento; e Williams José Soares, comandante da 5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército de Curitiba, representando Pedro Ronalt Vieira, diretor da Diretoria de Serviço Geográfico do Ministério da Defesa.
Lançamento
Três livros foram lançados na abertura do XV SBSR: “Fundamentos do Sensoriamento Remoto e Metodologia de Aplicação”, de autoria do Dr. Maurício Alves Moreira, pela Editora UFV; “Novas tecnologias para o monitoramento e estudo de reservatórios hidrelétricos e grandes lagos”, organizado por Enner Herenio Alcântara, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo e José Luiz Stech, pela Editora Parêntese; e “Volume 8 – Espaço, da Série Sustentabilidade”, de José Carlos Neves Epiphanio, Evlyn Márcia Leão de Moraes Novo e Luiz Augusto Toledo Machado – a Série Sustentabilidade é coordenada pelo Prof. José Goldemberg e é publicada pela Editora Blucher.