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SATÉLITES REGISTRAM EFEITO DA SECA NOS RIOS AMAZÔNICOS
Imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram o avanço acelerado da vazante nos baixos Negro e Solimões, no Amazonas. A diminuição do leito dos rios fica evidente na comparação entre as imagens do satélite Landsat-5 obtidas em diferentes períodos, comprovando o efeito da seca na região.
“Pelas imagens a vazante poderá não ser tão intensa quanto em 2005, mas já é possível perceber que a lâmina mínima de água estará ausente nos meses de outubro e de novembro”, comenta o pesquisador Paulo Roberto Martini, da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe. “Os dados de satélites podem colaborar para antecipar ações de Defesa Civil”.
As imagens revelam que serão mais afetadas pela diminuição aguda do leito dos rios as comunidades rurais dos municípios de Manaquiri, Jatuarana, Manacapuru, Autazes, Careiro da Várzea, Caapiranga, no baixo Solimões. As regiões do baixo vale do rio Negro também estão sendo avaliadas. Por meio do Projeto Panamazônia, do INPE, os pesquisadores pretendem estender o estudo sobre vazão a rios da Amazônia sul-americana.
A estiagem na região deve se prolongar até meados de novembro, quando a situação nos rios pode estar próxima ao que ocorreu em 2005, como demonstram as figuras abaixo.