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Satélite brasileiro foi lançado pela SpaceX, em Cabo Canaveral, Flórida
A bordo do foguete Falcon 9 da SpaceX, foi lançado o primeiro satélite construído por uma startup brasileira, nesta quinta-feira (13), a partir de Cabo Canaveral, na Flórida. O PION-BR1 é considerado um picossatélite, também chamado de “PocketQube”, de apenas 125 cm³, e toda a montagem do equipamento foi feita em um laboratório em São Caetano do Sul, interior de São Paulo.
“Nós podemos dizer que hoje é um marco para o Brasil. É uma startup que manda seu primeiro satélite, via SpaceX, no Falcon 9. É um satélite de bolso, um ‘picosat’, que chamamos de PocketSat, totalmente desenvolvido no Brasil. Então, é muito importante para nosso país uma startup já ter condições de fazer esse lançamento”, ressaltou o diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Paulo Barros.
“Em nome da Agência Espacial Brasileira, gostaria de parabenizar os jovens empreendedores da startup PION pelo feito alcançado hoje no desenvolvimento e lançamento do satélite PION-BR1”, parabenizou o coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Rodrigo Leonardi.
O nome PION é uma homenagem ao físico brasileiro César Lattes, um dos responsáveis pela descoberta da partícula subatômica méson pi (pion). A trajetória do grupo iniciou em 2017, com o desenvolvimento de foguetes para a Spaceport American Cup (SAC), que acontece anualmente nos Estados Unidos. Em 2020, venceram a licitação da Olimpíada Brasileira de Satélites MCTI, em que foram disponibilizados kits educativos para facilitar a aprendizagem baseada em projeto de missão espacial, de onde se origina toda a verba para o financiamento do desenvolvimento do PION-BR1 e seu lançamento.
O PION-BR1 foi desenvolvido em apenas 7 meses pelos fundadores da startup PION Labs, Calvin Trubiene, Bruno Pinto Costa, Gabriel Yamato e João Pedro Vilas Boas, e tem o objetivo de estudar a capacidade de comunicação de longa distância para o desenvolvimento de uma nova era para o segmento no país.
O projeto também visa obter uma herança de voo, que consiste no recebimento e análise de dados sobre a capacidade de comunicação e monitoramento de subsistemas, temperatura interna e externa, capacidade de bateria, entre outras questões. Assim, será possível escalonar projetos maiores e explorar transmissões de longa distância. Estima-se que a vida útil do equipamento seja de até 2 anos, quando ele entrará na atmosfera e se desintegrará em função da alta temperatura.
“Em longo prazo, queremos aperfeiçoar essas descobertas e transformá-las em soluções de monitoramento de sustentabilidade e segurança, como muitos players do agronegócio e da preservação da Amazônia demandam. Em um segundo momento, também pensamos em expandir a atuação para a América Latina”, disse Calvin, um dos fundadores da startup. A tecnologia por trás do satélite possui uma conduta de frequência aberta, que será recepcionada com o suporte e parceria de radioamadores da AMSAT-BR e da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (LABRE). A associação foi criada e é mantida por pessoas focadas em estudos de transmissões de ondas eletromagnéticas, novos modos e protocolos de comunicação de sinais, voz, dados ou imagem.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
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Fotos: divulgação PION