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ROBÔ POUSA EM COMETA PELA PRIMEIRA VEZ
Foto: Divulgação/ESA – O instrumento Rosina capta e análisa moléculas de gases e elementos químicos detectados na poeira do cometa.
Brasília, 10 de novembro de 2014 – Está marcada para quarta-feira (12) a descida do robô Philae até a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, o “Chury”. Se a tentativa da Agência Espacial Europeia (ESA) tiver êxito, será a primeira vez que uma sonda se fixará nestes corpos congelados.
O robô será ejetado da espaçonave Rosetta em direção ao cometa, que tem quatro quilômetros de largura, e a manobra de descida até o ponto previamente escolhido vai levar em torno de sete horas, segundo informação da coordenação da missão. Neste momento, a espaçonave estará a 509 milhões de quilômetros da Terra.
A fixação do robô por meio de parafusos e arpões no Chury será o ponto mais alto de uma missão que começou há quase uma década. Se o robô conseguir se prender ao cometa, dará início da uma série de experimentos para analisar sua composição e estrutura.
Odor – Mas, durante o deslocamento do Philae até o cometa, que está a 20 km de distância da Rosetta, ele atravessará uma atmosfera mal cheirosa, composta de sulfeto de hidrogênio, amoníaco e formaldeído. Todas essas moléculas foram detectadas pelo Rosetta Orbiter Sensor for Ion and Neutral Analysis (Rosina), instrumento que está “cheirando” a poeira emitida pelo cometa por meio de dois espectrômetros de massa.
A análise quantitativa das moléculas emitidas para o espaço mostrará como o Chury se diferencia de outros cometas. Esta comparação revelará se um cometa do cinturão de Kuiper, que se acredita ser a origem do Chury, difere dos mais conhecidos cometas vindos da nuvem de Oort, o que pode ajudar a esclarecer como seria a nebulosa solar a partir da qual nosso sistema se formou.
Cientistas acreditam que cometas contém matéria ainda intacta da formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos.
CCS-AEB, com informações da ESA