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Projeto capaz de desinfetar estações espaciais vence competição sobre Covid-19
Equipe Cura Espacial - Foto: Arquivo pessoal
O protótipo de um equipamento com capacidade de desinfetar ambientes fechados como a Estação Espacial Internacional (ISS) foi o projeto vencedor, na categoria Desafio Maker, do 1° Hackathon sobre Covid-19 nas atividades espaciais. A competição online foi promovida pela Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), nos dias 11 e 12 de maio.
Durante a competição, a equipe Cura Espacial teve 24 horas para elaborar a estrutura e o sistema, e também explicar a funcionalidade do equipamento em ambientes ocupados por astronautas durante as missões espaciais. A equipe é composta por cinco estudantes, sendo um do Colégio Contemporâneo da rede particular de ensino, e uma professor do Ensino Médio, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Campus Parnamirim.
O estudante e integrante da equipe, Daniel Luan de Lima, explicou todo o processo de desenvolvimento do artefato a ser utilizado como ferramenta capaz de desinfetar ambientes, utensílios e equipamentos de proteção individual. Daniel destacou ainda, que além do ambiente espacial, o equipamento pode ser utilizado em diversos locais que precisam passar pelo processo de desinfecção, desse modo o dispositivo pode ajudar no combate à COVID-19, entre outros vírus e bactérias.
Tecnologias envolvida
Segundo o aluno Sidney Pedro Pinto, o grupo idealizou o projeto e testou empiricamente com caixa de papelão com circuito controlado por relé. “Depois as ideias evoluíram para utilização de uma caixa espelhada móvel com o circuito controlado por Arduino com sensores e alimentado por baterias e células fotovoltaicas (uso de energia solar) permitindo assim o uso do equipamento em locais sem acesso a transmissão de energia elétrica por fios. O desenho final do projeto foi realizado em 3D com a utilização do software Cinema 4D”, explicou
Para o estudante Vinícius Medeiros Xavier, o destaque do projeto ficou por conta da tecnologia envolvida, como software de modelagem 3D, utilização de lâmpadas ultravioletas, placas solares e baterias recarregáveis. “O nosso projeto foi construído para ser utilizado em ambientes de difícil acesso, pois não necessita de eletricidade e possibilita ainda fazer a desinfecção até em cômodos inteiros”, disse.
O estudante Hartur Souza acredita que o conhecimento prévio da equipe em diversas áreas de Ciência & Tecnologia foi o fator fundamental para realizar o desafio e conquistar o primeiro lugar na categoria. Já o estudante Pedro Cardoso Filgueira ressalta que a maior contribuição do Hackathon para a equipe foi a oportunidade de aprender a trabalhar juntos, além de refletir sobre os problemas que ocorrem no ambiente espacial e propor soluções que possam ser aplicadas em benefício da sociedade.
O professor e responsável pela equipe, Rodrigo Siqueira, afirmou que a participação no Hackathon foi uma oportunidade interessante para os estudantes, pois mostraram a capacidade intelectual, além de colocar um projeto em prática e desenvolver efetivamente, num futuro próximo, toda a estrutura do equipamento.
“A equipe ficou bastante entusiasmada em decidir tirar o projeto do papel, desenvolver e testar o equipamento”, afirmou. “Todos os estudantes já manifestaram interesse em seguir carreira na área de Ciência & Tecnologia e meu papel como professor é aproveitar esse entusiasmo e apoiar o sonho deles”, concluiu Rodrigo Siqueira.
Competição
O Hackathon Espacial foi uma competição virtual com a participação de 27 equipes de quatro regiões do Brasil. O evento teve como objetivo incentivar pesquisas a fim de solucionar problemas que ocorrem antes, durante e depois das missões espaciais. Também podem ser consideradas as consequências para a população na Terra e possível mitigação do alastramento de um vírus dentro da Estação Espacial Internacional (ISS).
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTIC, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social – CCS