Notícias
Programa Globe da Nasa capacita cidadãos da Tríplice Fronteira para estudar o meio ambiente
Após ser implementado em várias cidades brasileiras, o programa Globe chegou no último fim de semana (2 a 5 de maio) às cidades de Tabatinga (AM), Letícia (Colômbia) e (Santa Rosa) no Peru, região da Tríplice Fronteira. Organizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o workshop do Programa Globe envolveu 126 cidadãos dos três países na investigação científica e na proteção da Terra.
Professores e estudantes do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Tabatinga, professores da rede pública da Colômbia e do Peru, além de profissionais da saúde pública dos três países fizeram análises científicas, coletaram dados ambientais seguindo os protocolos Atmosfera e Mosquito do Globe. O encontro foi realizado no Museu Etnográfico do Banco da República na cidade de Letícia, na Colômbia.
Para interagir os participantes nas questões que envolvem as aplicações espaciais com o meio ambiente na Terra, a analista da AEB, Nádia Sacenco falou da importância de relacionar as observações locais com as demandas globais do meio ambiente, além de tratar da importância do trabalho da AEB no desenvolvimento das atividades científicas do Brasil.
Em seguida, a coordenadora regional do Globe para a América Latina e Caribe, Mariana Savino, explicou a atuação do programa na Colômbia e no mundo. Segundo a coordenadora, o programa permite que professores possam inserir as atividades em currículos escolares, e os técnicos de saúde apliquem os conhecimentos adquiridos em prol da sociedade, incentivando o desenvolvimento da pesquisa científica nas escolas em colaboração com a comunidade Globe.
Grupo de estudantes e professores conhece os protocolos Atmosfera e Mosquito do Globe
Protocolos Atmosfera e Mosquito
Ao iniciar as análises, os participantes coletaram dados científicos ambientais seguindo os protocolos do mosquito, que abrangem coletas do inseto com o intuito de identificar o gênero, fase larval do mosquito Aedes aegypti e a relação dele com as doenças e o ambiente.
Eles também aprenderam a identificar os três gêneros do mosquito, receberam informações sobre os fatores que interferem no clico de vida do inseto e compreenderam a importância da pesquisa. As atividades foram orientadas pela master trainer do Globe, no Brasil, a professora da Escola Municipal Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Inês Mauad.
O protocolo atmosfera, que compreende atividades de coleta e análise de dados referente ao clima da Terra, foi orientado pela tecnologista da AEB, Aline Bessa, que apresentou interpelações como os oceanos, a atmosfera, os processos geológicos com dados da atmosfera, precipitação líquida, temperatura do ar e umidade relativa.
Globe no Brasil
Um acordo entre a AEB e a Nasa viabilizou a implementação do programa Globe no Brasil em 2015, e dois anos depois, o Programa chegou a todas as regiões do País. Por meio de análise de dados coletados, o Globe ajuda a criar uma comunidade de professores, estudantes e cidadãos, contribuindo para maior compreensão do meio ambiente e para a formação científica dos envolvidos.
O programa está presente em mais de 120 países.Criado em 1994, o Globe é um programa de educação e ciência ambiental da Agência Espacial Americana (Nasa) com apoio da AEB e de agências espaciais e instituições educacionais. “O Brasil é uma região fundamental para os estudos ambientais em virtude da grande diversidade e do extenso território, além de sua atuação no âmbito do Globe ter significativo impacto na condução de pesquisas relacionadas às mudanças climáticas em todo o mundo”, afirmou a bióloga peruana, Claudia Caro Vera.
Análise do mosquito no aplicativo Globe Observer fez parte das atividades orientadas pela professora Inês Mauad
Agência Espacial Brasileira (AEB)
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), responsável em formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para empreender os esforços do governo brasileiro na promoção da autonomia do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social – CCS