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PRESIDENTE DA AEB PARTICIPA DA CERIMÔNIA DE POSSE DO NOVO DIRETOR DO INPE
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTIC), José Raimundo Braga Coelho, participou na última segunda-feira (26.09) da cerimônia de comemoração dos 55 anos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). Na ocasião foi empossado o novo diretor do Inpe, Ricardo Magnus Osório Galvão, cuja nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 22 de setembro.
Escolhido pelo ministro Gilberto Kassab a partir de lista tríplice, o engenheiro Ricardo Galvão assume a diretoria do Inpe, considerando uma premissa fundamental: a competência de a AEB “executar e fazer executar” o PNAE. Para ele, é evidente a parcela da competência científica e técnica nessa área, concentrada principalmente no Inpe, e se não houver perfeita integração entre a agência e o instituto, desde a fase de projeto conceitual dos satélites, é notório que a execução desses pode ser prejudicada por desconfianças e diversidade de visões.
O novo diretor diz ser essencial um relacionamento construtivo e colaborativo entre o Inpe e a AEB. “A equipe técnica do Inpe deverá ter participação efetiva na definição de projetos de satélites que estão sob a responsabilidade do órgão, principalmente os destinados a aplicações científicas. Em contrapartida, deverá assumir o compromisso de seguir estritamente a execução dos projetos como acordado com a AEB”, ressaltou Galvaão.
De acordo com o presidente José Raimundo, o diretor do Inpe se comprometeu em aproximar as duas instituições para trabalhar em conjunto. “No início do mês de outubro vamos começar o trabalho de integração com a realização da primeira reunião geral entre o Inpe e a AEB. Nessa reunião indicaremos as dificuldades, prioridades e os esforços coletivos que irão nortear o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro”, explicou.
Galvão também falou sobre os principais desafios do Inpe, como a redução do quadro de servidores e a recomposição orçamentária. “Enquanto alguns pesquisadores permanecem na instituição mesmo após terem atingido as condições para aposentadoria, atraídos pela participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento, atrativos semelhantes não existem para o pessoal administrativo. Esta é uma situação que afeta não somente o Inpe, mas praticamente a totalidade das unidades de pesquisa do MCTIC”, destacou.
Engenheiro de Telecomunicações pela Universidade Federal Fluminense, o novo diretor do Inpe é mestre em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutor em física de plasmas aplicada pelo Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos. Professor da Universidade de São Paulo, foi presidente da Sociedade Brasileira de Física e é membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e da Academia Brasileira de Ciências, além do Conselho da Sociedade Europeia de Física.
O Inpe foi criado em 3 de agosto de 1961 com atuação nas áreas de Meteorologia e Mudanças Climáticas, Observação da Terra, Ciências Espaciais e Atmosféricas e Engenharia Espacial. O Instituto também presta serviços operacionais de previsão do tempo e clima, de monitoramento do desmatamento da Amazônia Legal, rastreio e controle de satélite, medidas de queimadas, raios e poluição do ar e, ainda, realiza testes e ensaios industriais de alta qualidade.
Fonte: AEB com informações do MCTIC
Foto: MCTIC