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Presidente da AEB destaca importância do PNAE e do PEB em webinário
Divulgação webinário
Na segunda edição do webinário "Espaço em Pauta: Diálogos", realizado virtualmente nesta quarta-feira (14), o Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon, esteve presente para discorrer sobre o tema "Programa Espacial Brasileiro".
Durante o evento, organizado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Chamon ofereceu uma visão detalhada sobre o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) e os motivos que levam um país a investir em um programa espacial próprio.
Chamon iniciou sua apresentação com uma explicação abrangente sobre o PNAE, descrevendo-o como o principal instrumento que orienta as atividades espaciais do Brasil. Segundo o Presidente, o PNAE é um plano estratégico que visa consolidar o Brasil como uma potência no setor espacial, promovendo o desenvolvimento de satélites, lançadores e sistemas espaciais, além de fomentar a pesquisa e a formação de recursos humanos especializados.
Em sua apresentação, Chamon destacou a importância do Programa Espacial Brasileiro para a soberania nacional e a independência tecnológica do país. Ele enfatizou que um programa espacial robusto é essencial para garantir a segurança nacional, melhorar a capacidade de monitoramento ambiental e fornecer suporte à agricultura e às telecomunicações, entre outros setores.
O Presidente deu destaque a projetos em andamento que utilizam sistemas espaciais, como o Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (PRODES) e o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER), importantes sistemas utilizados pelo Brasil para monitorar a Amazônia e combater o desmatamento.
Os dados do PRODES são considerados os mais precisos e detalhados disponíveis sobre o desmatamento da Amazônia, sendo amplamente utilizados para a formulação de políticas públicas e estratégias de conservação. O sistema é capaz de detectar desmatamento mesmo em áreas cobertas por nuvens, por meio da utilização de diferentes fontes de imagens de satélite.
Já o DETER, ao utilizar imagens de satélites de média resolução, pode detectar atividades de desmatamento e degradação florestal em áreas maiores que 3 hectares. Esses dados são gerados diariamente e enviados às autoridades competentes, como o IBAMA e outras agências ambientais, permitindo ações imediatas para conter o desmatamento.
Ao final de sua apresentação, o Presidente citou missões futuras das quais o Brasil participa, como o Satélite Argentino-Brasileiro de Informações Ambientais do Mar (SABIA-Mar), um projeto de cooperação entre o Brasil e a Argentina para o desenvolvimento de um satélite voltado ao monitoramento ambiental e oceânico, e os Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres: CBERS 5 (satélite geoestacionário de meteorologia) e 6 (satélite radar), em cooperação com a China.
Além do Presidente da AEB, esteve presente no webinário o Brigadeiro do Ar Rodrigo Alvim, do Estado-Maior da Aeronáutica, que discorreu sobre o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE). O Ministro do GSI, General Marcos Antonio Amaro realizou a abertura do evento; o Diretor substituto do Departamento de Acompanhamento de Assuntos Aeroespaciais, Alexsandro Souza de Lima, moderou a conversa e, o Secretário de Coordenação e Assuntos Aeroespaciais do GSI, Brigadeiro Valença, encerrou o webinário.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.