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PRESENÇA HUMANA NA ESTAÇÃO ESPACIAL COMPLETA 15 ANOS
Brasília, 4 de novembro de 2015 – A Estação Espacial Internacional (ISS), laboratório orbital que vem proporcionando avanços significativos no estudo da microgravidade e na preparação de missões a Marte, completou 15 anos de presença humana a bordo.
A estrutura, que orbita em média a 370 quilômetros de altitude, começou a ser construída em 1998 e só foi totalmente concluída em 2011, mas já começou a ser ocupada por astronautas em 2 de novembro de 2000. Hoje, a ISS tem seis ‘inquilinos’.
Em 2000, a ISS tinha apenas dois módulos e três ocupantes, o americano Bill Sheperd, e os russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko. Desde então, 220 astronautas de várias nacionalidades passaram pela estação, entre eles o brasileiro Marcos Pontes, de 30 de março a 8 de abril de 2006.
A ISS dá 16 voltas diárias na Terra, a uma velocidade média de 28 mil km/h. A estação é um investimento de cerca de US$ 100 bilhões, a maior parte financiada pelos Estados Unidos. Em 2014, a duração de uso da ISS foi prorrogada até, no mínimo, 2014.
“O aspecto mais importante são os objetivos de exploração espacial tripulada de longa duração”, ressalta o astronauta americano Scott Kelly, comandante de equipe atual, em entrevista ao vivo com todos os companheiros a bordo: o compatriota Kjell Lindgren, o japonês Kimiya Yuis, além dos russos Mikhail Kornienko, Oleg Kononenko e Sergey Volkov.
Em março, Kelly iniciou com Kornienko uma estadia de um ano na ISS, um recorde para a estação, para estudar os efeitos fisiológicos da microgravidade durante um longo período. O objetivo é preparar futuras missões rumo a Marte, que não devem ocorrer antes da década de 2030.
“A ISS permite testar tecnologias que precisamos desenvolver e compreender melhor para realizar com êxito uma expedição rumo a Marte”, explica Lindgren.
“As mais de cem experiências científicas efetuadas durante a estadia de Kelly e Kornienko são essenciais para entender como a fisiologia humana se adapta à microgravidade e o que é preciso fazer para proteger a saúde dos astronautas numa longa viagem rumo a Marte”, completa o americano.
Lindgren cita como exemplo os efeitos nefastos da microgravidade sobre os músculos, os ossos, e a imunidade dos astronautas em geral, além do risco de câncer, em função de exposição a radiações cósmicas por um período tão longo. De acordo com as previsões atuais, uma viagem até Marte pode durar três anos.
Fonte: UOL