Pesquisadores se reúnem para discutir sobre Agricultura Espacial

Participantes do Workshop sobre Agricultura Espacial se reúnem para foto em frente a Embrapa Territorial, em Campinas/SP.

Nos dias 14 e 15 de março, especialistas se reuniram para participar do Workshop sobre Agricultura Espacial na Embrapa Territorial, em Campinas/SP. Discutiram sobre possibilidades de participação do Brasil no Programa Artemis com foco em agricultura espacial.

O encontro, organizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa  Agropecuária (EmBrapa) em parceria com Agência Espacial Brasileira (AEB) foi viabilizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e reuniu pesquisadores de diversas instituições que atuam em áreas como tecnologias espaciais, inovação, desenvolvimento tecnológico, melhoramento genético de plantas, microrganismos, cultivo indoor, entre outras especialidades.

A iniciativa deu início à formação de uma rede de pesquisa sobre Agricultura Espacial, com o objetivo de explorar a maneira como tecnologias e produtos desenvolvidos pelo Brasil podem ser adaptados para a vida no espaço. “Esse trabalho em conjunto é essencial para superar os desafios técnicos, de segurança e sobrevivência enfrentados no ambiente lunar”, explica o Diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Rodrigo Leonardi.

Como resultado das discussões, um planejamento foi iniciado para nortear os trabalhos de uma rede de pesquisa sobre agricultura espacial, que será formada. Este documento orientará a captação de recursos e a formalização da rede interdisciplinar de pesquisadores, com a finalidade de criar soluções inovadoras para a agricultura espacial.

Um dos objetivos, a serem alcançados no futuro, é produzir alimentos de forma eficiente e segura, na Lua, o que proporcionará novas descobertas e aplicações no espaço e também em regiões hostis do planeta Terra!

Sobre a parceria entre AEB e NASA

O Brasil foi a 12º nação a assinar os Acordos Artemis junto à NASA. Atualmente 36 países aderiram ao programa. Em seguida, Agência Espacial Brasileira iniciou uma prospecção, dentro do País, em busca das melhores possibilidades para a participação brasileira no Programa Artemis, de acordo com as competências e vocações já existentes no Brasil.

Foram realizadas reuniões, por exemplo, sobre mineração espacial, agricultura espacial e desenvolvimento de tecnologias satelitais.  Após identificarem a possibilidade de parceria, especialistas da AEB entraram em contato com especialistas da Embrapa e iniciaram as tratativas para a criação de uma rede de pesquisadores que possa avançar nas discussões e descobertas sobre agricultura espacial, um tema inovador para a humanidade.

A realização do Workshop sobre Agricultura Espacial inicia a formação desta rede com foco na apresentação de resultados futuros, de acordo com o andamento as pesquisas a serem realizadas.

O evento contou com participantes das seguintes organizações:

AEB (Agência Espacial Brasileira); CENA/USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo); EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária); ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo); IAC (Instituto Agronômico); IEAv (Instituto de Estudos Avançados); INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais); ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica); MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação); UF (Universidade da Flórida); UFLA (Universidade Federal de Lavras); UFPel (Universidade Federal de Pelotas); UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte); UFV (Universidade Federal de Viçosa); USP (Universidade de São Paulo).

Sobre a AEB

A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.

Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.