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NanosatC-BR2 passa por testes e está pronto para ser lançado no fim do ano
Foto: Modelo de engenharia do NanosatC-BR2
Os testes finais do NanosatC-BR2, CubeSat nacional apoiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foram concluídos no laboratório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP). O nanossatélite tem previsão de lançamento para novembro de 2020, na Rússia, pelo foguete lançador Soyuz, da Agência Espacial Roscosmos.
O NanosatC-BR2 é o segundo objeto do Programa NanosatC-BR, que tem o objetivo de estudar e monitorar, em tempo real, os distúrbios observados na Magnetosfera Terrestre, a intensidade do Campo Geomagnético e a precipitação de partículas energéticas sobre o Território Brasileiro, com determinação de seus efeitos principalmente na grande região da Anomalia Magnética da América do Sul.
O Programa NanosatC-BR consiste em uma parceria entre a AEB/MCTI, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e INPE, voltada para integração e formação de professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e tecnologistas em projetos de pesquisa espacial e áreas afins, como o desenvolvimento de Engenharias, Tecnologias Espaciais, Ciências da Computação e Espaciais.
Para o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Paulo Barros, o Programa NanosatC-BR2 cumpre seu objetivo de desenvolver capacidade espacial no Brasil e de motivar jovens graduandos a participarem de projetos espaciais. “O Projeto, conduzido pela UFSM, permitiu participação dos envolvidos em todas as fases, desde sua especificação até sua operação”, destacou.
De acordo com o professor e coordenador pelo projeto do NanosatC-BR2, Andrei Piccinini Legg, a entrega do NanosatC-BR2 à empresa responsável pelo lançamento está planejada para o final do mês de agosto. “Após a integração do sistema, quando o modelo de voo do CubeSat estará totalmente montado e integrado, ainda serão realizados testes ambientais, como o teste de vibração e ensaio vácuo-térmico, que simulam os ambientes de lançamento e espacial respectivamente”, explicou.
Foto: Placas do Modelo de voo do NanoSatC-Br2.
NanosatC-BR1
O NanosatC-BR1, primeiro CubeSat nacional brasileiro lançado ao espaço, completou, no dia 19 de junho, seis anos em órbita e segue enviando dados de suas cargas úteis: um magnetômetro e dois circuitos integrados.
Desenvolvido por meio de uma pareceria entre o INPE, Centro Regional Sul (CRCRS) e a UFSM, com apoio da AEB/MCTI. O NanosatC-BR1 tem como missão científica, estudar distúrbios na magnetosfera, principalmente na região da Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e do setor brasileiro do Eletrojato Equatorial Ionosférico.
As informações do CubeSat são rastreadas e coletadas por uma extensa rede de radioamadores no Brasil e no exterior, além das duas estações do projeto em Santa Maria (RS) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). No terceiro aniversário do NanosatC-BR1, seus dados foram recebidos na Alemanha e retransmitidos a Paulo Leite em Boa Vista (RR), radioamador que colaborou com o projeto desde o início.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTI, responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social – CCS