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Missão BiomeSat recebe avaliação positiva em revisão realizada pelo INPE e AEB
A Revisão MDR (Mission Design Review) da Missão BiomeSat, realizada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), localizado em São José dos Campos/SP, contou com a participação de especialistas do INPE e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Durante a verificação, que ocorreu no último dia 13 de abril, foi apresentada a definição da Missão BiomeSat, com avaliações do conceito e requisitos da missão, principais requisitos de sistema, estudos de viabilidade técnica, propostas para o desenvolvimento e testes, questões de gerenciamento técnico e administrativo, bem como dos aspectos da garantia do produto.
Ao final da revisão, a banca composta pelos membros Marcos Chamon, Adenilson Silva e Cláudio Almeida, do INPE, e Rodrigo Leonardi da AEB, concluiu que os objetivos da revisão foram satisfatoriamente alcançados. Embora tenham sido feitas algumas recomendações, nenhuma discrepância significativa foi identificada.
“A Missão BiomeSat é uma proposta que está sendo considerada pela AEB no marco do ProSAME (Procedimento para Seleção e Adoção de Missões Espaciais). Os entregáveis técnicos da MDR do BiomeSat são muito importantes para avançarmos com essa proposta no fluxo de atividades previstos no ProSAME”, explica o coordenador de Satélites e Aplicações da AEB, Rodrigo Leonardi.
Sobre a Missão BiomeSat
A proposta da Missão BiomeSat, desenvolvida pela Divisão de Pequenos Satélites do INPE, consiste no desenvolvimento de uma missão espacial de sensoriamento remoto que visa contribuir no provimento de dados para o planejamento, monitoramento e controle das condições da saúde das florestas brasileiras e auxiliar na avaliação de áreas degradadas e desmatadas. Prevista no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) 2022-2031, ela será uma missão complementar aos satélites da série CBERS e Amazônia.
“Realizar missões de sensoriamento remoto com uso de nanossatélites e considerar a possibilidade de uma constelação de nanossatélites é muito interessante e permite ampliar a cobertura de monitoramento e fornecer dados precisos e atualizados para o estudo da saúde das florestas entre outras aplicações”, afirma o engenheiro Antonio Carlos Pereira Jr., um dos coordenadores do projeto.
De acordo com Marcus Cisotto, que também coordena a missão, o desafio é desenvolver um microssatélite, utilizando partes e sistemas COTS (de prateleira), que alie a rapidez e baixo custo de desenvolvimento relativos a uma qualidade e confiabilidade equivalentes à de um satélite convencional.
Os dados serão provenientes de um imageador óptico e sistema de coleta de dados embarcados em um nanossatélite classe 10kg, cujo prazo para desenvolvimento e custos são reduzidos. Também serão embarcados como carga útil sensores para detecção e medição de índices de radiação na órbita em que o satélite irá operar e de um transponder AIS para monitoração do tráfego de navios no território nacional.
A próxima atividade da equipe será preparar a documentação para a Revisão PRR. A Missão BiomeSat é um importante passo para a contribuição do Brasil no monitoramento e controle das condições da saúde das florestas brasileiras e na preservação ambiental.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.