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MAPEAMENTO MOSTRA DEGRADAÇÃO FLORESTAL NA AMAZÔNIA EM TRÊS ANOS
Brasília, 25 agosto de 2014 – O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apresentou na sexta-feira (22) o mapeamento das áreas de degradação florestal na Amazônia Legal, que abrange um total de 5.127.423 Km², para os anos de 2011, 2012 e 2013.
Este levantamento é feito pelo projeto Degrad para identificar, por meio das mesmas imagens de satélite utilizadas no projeto Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), áreas que estão expostas à degradação florestal progressiva, pela exploração predatória de madeira, com ou sem uso de fogo, mas que ainda não foram convertidas a corte raso.
Assim como no Prodes, que serve para identificar o corte raso, a área mínima mapeada pelo Degrad é de 6,25 hectares. Nos três anos foram apontadas áreas de 24.650 km², 8.634 km² e 5.434 km², respectivamente, que apresentam algum estágio de degradação.
O Degrad é realizado de forma independente a cada ano, sem levar em conta os registros de áreas de florestas degradadas em anos anteriores, identificando apenas as atualizações das áreas desmatadas registradas pelo Prodes. Assim, permite a avaliação das áreas que estão em processo de regeneração após o evento que causou a degradação florestal, bem como daquelas em que esta degradação é recorrente.
Queda – Apesar de a série histórica do projeto ser considerada pequena – o levantamento foi iniciado em 2007 –, o Degrad 2013 representa o menor valor já registrado e é consistente com a tendência de queda na taxa de desmatamento por corte raso verificada pelo Prodes após 2005.
Foi analisada também a conversão dos dados da degradação florestal mapeados pelo Degrad para o corte raso no período 2007 a 2013. Esta análise permite identificar o quanto da degradação florestal de determinado ano é convertida para corte raso nos anos seguintes, sendo assim contabilizada na taxa anual de desmatamento medida pelo Prodes.
A Amazônia Legal engloba a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazônia, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, e parte dos estados do Mato Grasso e Maranhão, correspondente a 61% do território nacional.
Os mapas das áreas de desmatamento e demais dados estão disponíveis nas páginas www.obt.inpe.br/prodes e www.obt.inpe.br/degrad
Fonte: Inpe