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LIVRO TRAZ O MAIS COMPLETO REGISTRO DA HISTÓRIA DA ASTRONOMIA NO PAÍS
Brasília, 20 de agosto de 2015 – O Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), no Rio de Janeiro, lança, amanhã (21), o livro História da Astronomia no Brasil. São 44 artigos de 63 autores na maior publicação sobre o tema já produzida no país. O último relato abrangente havia sido feito em 1955, pelo cientista Abrahão de Moraes.
A queda de meteoritos que abriram uma cratera de um quilômetro de diâmetro no Amazonas, os feitos dos principais astrônomos nacionais, a astronomia indígena, a participação feminina e a rivalidade entre Brasil e Argentina na demarcação de fronteiras estão entre os destaques.
“Faltava uma nova história da nossa astronomia, que incorporasse tanto os episódios mais recentes, quanto os novos estudos sobre episódios do passado”, afirma Oscar Matsuura, pesquisador colaborador do Mast que organizou o livro.
A versão eletrônica pode ser adquirida gratuitamente no site da instituição. Além dos principais estudos realizados pelos astrônomos brasileiros, a publicação registra fatos surpreendentes. Um deles ocorrido na manhã de 13 de agosto de 1930, na região do Rio Curuça, no Amazonas. Meteoritos explodiram pouco acima do solo e abriram uma cratera em plena selva amazônica, próximo à fronteira com o Peru.
Também está entre os destaques as pesquisas de Cesar Lattes, principal nome da ciência nacional que, por decisão polêmica, deixou de receber o Prêmio Nobel. Outra curiosidade abordada é a história de Yedda Veiga Ferraz Pereira, a primeira astrônoma do Brasil.
São 1.297 páginas, distribuídas em dois volumes. A obra apresenta artigos em linguagem não especializada, que analisam desde registros astronômicos pré-históricos, até iniciativas internacionais recentes, como o projeto do telescópio Soar. Financiado por um consórcio formado por Brasil e Estados Unidos, o equipamento, instalado nos Andes Chilenos, foi projetado para produzir imagens de melhor qualidade que as de qualquer outro observatório do mundo em sua categoria. Desde 2004, pesquisadores brasileiros realizam observações no local.
A obra é uma realização do Mast com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco.
Fonte: Mast