Notícias
LabISA do INPE utilizou imagens da constelação de CubeSats PlanetScope para monitorar evento de floração de algas no Pantanal
O monitoramento de ambientes altamente dinâmicos é um desafio para empregar imagens de sensoriamento remoto. Florações de algas no Pantanal, por exemplo, podem surgir dentro de um intervalo curto de dias sem que sejam detectadas por imagens orbitais. Nesse sentido, pesquisadores e colaboradores do Laboratório de Instrumentação de Sistemas Aquáticos (LabISA) do INPE desenvolveram um trabalho preliminar utilizando imagens da constelação de CubeSats PlanetScope para monitorar um evento de floração de algas no Pantanal. A constelação fornece imagens diárias com uma alta resolução espacial, o que permite estudar pequenos lagos com alta incidência de florações. A detecção dessas florações foi realizada através de limiar empírico no índice GNDCI (do inglês, green normalized difference chlorophyll index ).
O trabalho foi divulgado no 4th International Academy of Astronautics Latin American CubeSat Workshop , e os resultados mostraram que a alta resolução temporal da constelação de CubeSats é crucial para detectar a evolução e posterior regressão de eventos de floração de algas na região do Pantanal. Em decorrência dessas e de outras vantagens, os satélites CubeSats vem ganhando cada vez mais popularidade entre os desenvolvedores de satélites e de usuários de sensoriamento remoto. Uma prévia do trabalho pode ser acessada em https://medium.com/@cubdesign.inpe/sensoriamento-remoto-do-pantanal-por-cubesats-7e4bf2d755f7 .
Figura 1
- Análise temporal das áreas de floração de algas no Pantanal. A primeira linha de cada data mostra pixels classificados como floração de algas, enquanto a segunda linha mostra as informações de cores reais do PS nos lagos. A área terrestre foi representada como uma escala de cinza. O gráfico abaixo das imagens mostra a variação da área de floração de fitoplâncton ao longo do tempo.
Fonte : INPE