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INPE E UNIVERSIDADE DESENVOLVEM CIRCUITO PARA NANOSSATÉLITES
Foto: Divulgação/Inpe – Ampliação em 50x do circuito desenvolvido no CRN-Inpe
Brasília, 16 de novembro de 2015 – Um receptor para uso em transponder de nanossatélites está em único circuito desenvolvido em parceria pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no seu Centro Regional do Nordeste (CRN), e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ambos em Natal (RN).
“A vantagem do projeto está na redução no tamanho e no consumo de energia e, também, no aumento da confiabilidade do transponder, uma vez que todo o receptor é fabricado em um único circuito integrado (CI) utilizando a mesma tecnologia”, explica Manoel Jozeane Mafra de Carvalho, chefe do CRN.
O transponder DCS deve ser usado nos nanossatélites ConaSat, em desenvolvimento pelo CRN para atender o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais (SBCDA).
O receptor tem um amplificador de baixo ruído (LNA), misturadores e um sintetizador de frequências, fabricado em tecnologia CMOS 130 nm. Devido ao alto ganho e baixo ruído produzidos pelo LNA, o receptor é compatível não apenas com o SBCDA, mas também com o padrão Nouvelle Génération (NG) do sistema franco-americano Argos-3.
“Foram fabricadas 25 amostras do CI contendo o receptor, das quais 10 foram encapsuladas para a etapa de testes que se inicia em breve. Esta etapa visa a catalogar as especificações do CI em relatório para posterior uso pelo Inpe”, informa Carvalho.
Ele salienta que, “apesar de ser um protótipo inicial, este trabalho representa um passo significativo na caminhada em direção à modernização dos satélites do SBCDA. Além disso, este projeto contribuiu com oportunidades à formação de projetistas de circuitos integrados no país”, destaca.
Esta foi a primeira parceria entre o Inpe e a UFRN na área de microeletrônica com a produção de um circuito integrado. O projeto tem ainda participação do Laboratoire d’Informatique de Paris 6 (LIP6) da Université Pierre et Marie Curie (UPMC), da França. A contrapartida brasileira do projeto foi desenvolvida no Laboratório de Instrumentação e Microeletrônica (Lime) e Laboratório de Microeletrônica e Sistemas Embarcados (uEES), da UFRN.
Fonte: Inpe