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FENÔMENO RARO DA LUA AZUL OCORRE HOJE (31)
Brasília, 31 de julho de 2015 – O fenômeno conhecido como Lua azul pode ser visto hoje à noite. Trata-se da ocorrência da segunda lua cheia em um mesmo mês. O nome é controverso, já que a Lua não muda de cor. Mas o fenômeno é raro no calendário, ocorrendo apenas a cada três anos.
“Geralmente, o mês tem apenas uma Lua cheia, mas considerando que elas ocorrem de 29 em 29 dias, pode haver duas luas cheias em mesmo mês”, explica o astrônomo do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Éder Martioli.
Segundo ele, embora o nome Lua azul não tenha relação com o fato de aparecer cheia pela segunda vez no mesmo mês, há ocasiões em que a Lua pode ser vista azulada, independente da sua fase. Em 1883, na Indonésia, o vulcão Krakatoa entrou em erupção e as cinzas subiram para a atmosfera. Quem olhava para a Lua, enxergava-a azulada. Segundo a Nasa, as cinzas de vulcões em erupção, quando suspensas em grande volume, causam um efeito de refração da luz que torna a Lua azulada.
“Não há consenso sobre a origem do nome. Nos países de língua inglesa, a expressão uma vez a cada Lua azul [once in a blue moon] é usada para indicar algo impossível”, diz Martioli.
Ainda que não apareça azul vale a pena apreciar a segunda lua cheia do mês, uma vez que o fenômeno só se repetirá em 31 de janeiro de 2018. É o que sugere a cientista do Observatório Nacional (ON), Josina Nascimento.
Mas para ver a Lua com outra cor, ela alerta para o eclipse total, que ocorrerá em 27 de setembro próximo. “No eclipse total, a Lua ganha um tom avermelhado”.
Em Brasília, entusiastas da Astronomia ocuparão a Praça dos Três Poderes, com seus telescópios. Eles formam o Clube de Astronomia de Brasília (CAB), fundado em 1986. Desde então, o Clube oferece cursos e observações públicas, como a que ocorre hoje a partir das 18h.
“Levaremos mais de dez telescópios para o público admirar a segunda lua cheia de julho”, informa Marcelo Domingues, diretor do Clube.
A sugestão para quem se interessar em ver o fenômeno é a de procurar um local com pouca iluminação para apreciar a beleza e o intenso brilho da lua cheia. “Mas é quando nasce no horizonte, vermelha, que a lua fica mais bonita”, adianta Domingues.
Fonte: MCTI