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ESTUDANTES BRASILEIROS CONHECEM PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA AEB
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Jovens do ensino médio e universitário que visitaram a 68ª SBPC tiveram a oportunidade de assistir à palestra do engenheiro mecatrônico da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Gabriel Figueiró, que explicou a função do primeiro Centro Vocacional Tecnológico Espacial (CVT), a ser inaugurado até o fim do ano, na cidade de Parnamirim, no Rio Grande do Norte.
Em sua palestra Gabriel ressaltou a relevância do Centro Espacial, o qual tem como principal objetivo despertar o interesse nos jovens pelo setor espacial. “O CVT visa apoiar a capacitação tecnológica e identificar vocações profissionais na temática espacial, contribuir para a melhoria do ensino de ciência na região, além de fortalecer a capacitação da população regional, buscando reduzir as desigualdades sociais, culturais e econômicas”, afirmou.
A maquete do projeto CVT, uma das atrações do evento, exposta no estande da AEB, despertou a atenção dos que passavam pelo local. As pessoas paravam para conhecer o projeto que futuramente vai atender jovens e exercitar o ensino de ciências com aprendizagem com base em problemas típicos de uma missão espacial.
Serpens – Gabriel também ministrou uma segunda palestra na SBPC, na qual mostrou o desenvolvimento do satélite nacional de pequeno porte Serpens, sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites, projeto que teve sua participação e recebeu todo o apoio da AEB.
“O Serpens é um dos principais projetos educacionais apoiados pela AEB, e busca incentivar a atuação de jovens na área espacial. A construção de pequenos satélites é um excelente laboratório educativo que procura formar profissionais capacitados para trabalharem em institutos e universidades do país, conforme estabelece o Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) ”, disse o engenheiro.
Gabriel explicou a todos os jovens presentes na palestra, o processo de desenvolvimento do satélite de pequeno porte coordenado pela Universidade de Brasília (UnB), em consórcio formado por várias universidades federais do Brasil e exterior. Ele destacou ainda todo o desenvolvimento do pequeno satélite, experiência que amplia o conhecimento dos estudantes e contribui com o desenvolvimento do Programa Espacial.
O engenheiro ressaltou aos estudantes o ponto positivo do projeto, ou seja, a absorção de conhecimento e a troca de experiência com as parcerias internacionais. “A oportunidade de trabalhar em conjunto com universidades estrangeiras, como a universidade de Vigo, ao lado de engenheiros experientes, foi fundamental para o sucesso da primeira missão”, destacou.
Trajetória do nanossatélite Serpens – O modelo de voo do CubeSat (em Inglês – cubo e satélite), foi integrado e testado no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, São Paulo, entre fevereiro e março de 2015.
Enviado em julho ao Japão, o satélite partiu em agosto rumo à Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês). No dia 17 de setembro, do ano passado, o Serpens entrou em órbita a partir da ISS pelo módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) operando o deployer CubeSat JSSOD.
Os últimos sinais do Serpens foram recebidos pela equipe da Universidade de Vigo na Espanha, parceira internacional do projeto, que também foi a última a decodificar os sinais do satélite, um dia antes da reentrada na atmosfera. Em seis meses de operação, o nanossatélite forneceu mais de 150 mil pacotes de telemetria, mais de 700 acessos de comunicação e fez mais de três mil voltas ao redor da Terra.
Segundo afirmou Figueiró em sua fala, a próxima missão do Serpens será coordenada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o auxílio das universidades participantes do consórcio. A alternância na coordenação permite a participação de todas as universidades no desenvolvimento do nanossatélite.
Coordenação de Comunicação Social
Fotos: Cleide Passos